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Nº 5900
Política

Sindicato decreta greve de policiais civis

| MARCOS RODRIGUES Repórter A turbulência na área de segurança pública das últimas semanas tende a aumentar com a decretação, no final da tarde de ontem, de greve por policiais civis. O sindicato da categoria ameaça radicalizar porque se considera “traí

Por | Edição do dia 01/02/2006 - Matéria atualizada em 01/02/2006 às 00h00

| MARCOS RODRIGUES Repórter A turbulência na área de segurança pública das últimas semanas tende a aumentar com a decretação, no final da tarde de ontem, de greve por policiais civis. O sindicato da categoria ameaça radicalizar porque se considera “traído” pelo governo na negociação do reajuste salarial. Para hoje, está marcada a interdição da bomba de combustível que abastece os veículos das delegacias. Segundo lideranças do sindicato, o mesmo será feito no interior do Estado. Depois de decidirem pela paralisação, os dirigentes sindicais saíram em passeata pelas ruas da capital, gritando palavras de ordem contra o governador em exercício Luis Abílio. “Na verdade, o governador negociou com a gente, no ano passado, um reajuste de 6% para o mês de janeiro, que não veio”, disse o diretor de imprensa do Sindpol, Arimatéia Lafayette. Outra crítica do sindicato é quanto à diferenciação entre policiais operacionais e policiais especiais. Os sindicalistas alegam que o governo criou uma “aberração jurídica”. Eles querem também o retorno das gratificações, que foram cortadas no ano passado. “Eles retiraram o adicional noturno e ainda aumentaram nossa carga horária em 33%”, afirmou Lafayette. Em princípio, segundo os sindicalistas, a paralisação das atividades deverá ser por quinze dias. No próximo dia 14, depois de uma assembléia de avaliação, o sindicato decidirá se permanece ou não de braços cruzados. Até ontem, os canais de negociação com o executivo não haviam sido restabelecidos. ABÍLIO: “IRRESPONSÁVEL” Ontem à noite, o governo divulgou nota em que o governador interino Luis Abílio qualifica de “irresponsável” a greve declarada pelo Sindpol. “Nós negociamos e definimos o envio de várias mensagens de reajuste a partir de janeiro”, diz o governador. O aumento dos policiais, segundo a nota, será de 6%, reotroativo a 1º de janeiro, “e haverá outro percentual semelhante em maio”, segundo Abílio. “A decisão [de greve] beira a irresponsabilidade porque o diálogo sempre esteve aberto e eles tomam essa posição radical num momento delicado para a segurança pública. Parece que há uma grande motivação política por trás disso tudo”, disse.

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