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Nº 5759
Política

Prefeito aceita pedir desculpa a ju�za

| LUIZA BARREIROS Repórter O prefeito Cícero Almeida (PTB) aceitou se retratar publicamente das críticas feitas, em 2003, à juiza de direito Graça Gurgel. As declarações – nas quais Almeida, atuando como repórter policial, condenou uma decisão da juíza

Por | Edição do dia 02/02/2006 - Matéria atualizada em 02/02/2006 às 00h00

| LUIZA BARREIROS Repórter O prefeito Cícero Almeida (PTB) aceitou se retratar publicamente das críticas feitas, em 2003, à juiza de direito Graça Gurgel. As declarações – nas quais Almeida, atuando como repórter policial, condenou uma decisão da juíza que libertou um acusado de assalto e assassinato – foram consideradas caluniosas pelo Ministério Público Estadual (MPE), que acatou uma representação feita por Graça Gurgel e ajuizou uma ação penal contra o prefeito, na época deputado estadual. A retratação foi proposta pelo próprio Cícero Almeida, que na tarde de ontem foi interrogado pelo desembargador José Fernandes de Hollanda Ferreira, no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). Pelo acordo firmado na Justiça, a retratação do prefeito terá que ser feita no mesmo veículo (TV Alagoas-Band), no mesmo horário e pelo mesmo tempo da matéria na qual foram feitas as críticas à juíza. Almeida afirmou que, se não conseguir o mesmo espaço no programa policial para a retratação, comprará, como pessoa física, um tempo na programação para fazê-lo. No pedido de desculpas público, o prefeito terá que dizer que não tinha conhecimento técnico e formal dos requisitos do flagrante feito pela polícia. Ele também terá que deixar claro que não tinha conhecimento dos vícios contidos no flagrante feito pela polícia, que acabaram fazendo com que a juíza Graça Gurgel libertasse o preso. O prazo dado pela Justiça para que a retratação seja feita é de 30 dias. Tão logo isso aconteça, a ação penal será arquivada. Para o procurador de Justiça Dilmar Camerino, a retratação é uma forma de resolução extremamente civilizada para superar conflitos. Após a audiência, Almeida disse que “ninguém está livre de errar ao usar a palavra numa reportagem ao vivo”, mas as “virtudes de sua carreira de 22 anos como repórter policial falam mais alto que as falhas”.

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