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Nº 2
Política

Depoimento envolve delegado Mac�rio

| GILVAN FERREIRA Repórter O juiz da 9ª Vara Criminal, José Braga Neto, ouviu ontem o depoimento de nove das 21 testemunhas do inquérito que apura o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, que ocorreu em 28 de outubro do ano passado dentro do pres

Por | Edição do dia 10/02/2006 - Matéria atualizada em 10/02/2006 às 00h00

| GILVAN FERREIRA Repórter O juiz da 9ª Vara Criminal, José Braga Neto, ouviu ontem o depoimento de nove das 21 testemunhas do inquérito que apura o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, que ocorreu em 28 de outubro do ano passado dentro do presídio Baldomero Cavalcanti. Foram ouvidos o diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino; o ex-secretário de Ressocialização, Valter Gama; os delegados Valdir de Carvalho e Jair Macário; o ex-presidiário David dos Santos; o traficante Amauri Barbosa, o “Ari do Morro”; o ex-companheiro de cela de Fernando Fidélis, Carlito Pereira; o detento Sílvio Batalha da Silva; Luzimar Leite da Silva e o irmão de Fernando Fidélis, Fabiano Fidélis, prestaram depoimento por mais de três horas ao juiz Braga Neto. Os depoimentos foram acompanhados pelo promotor Marcus Mousinho e pelo réu confesso do assassinato de Fernando Fidélis, Edson dos Santos, o “Pé-de-Cobra”, e o ex-diretor do presídio Baldomero Cavalcanti, José Jorge dos Santos, acusado de autoria intelectual da morte de Fernando Fidélis. Segundo o promotor Marcus Mousinho, todas as testemunhas ouvidas ontem pelo juiz José Braga Neto confirmaram os depoimentos ao Ministério Público. Mousinho disse que os depoimentos mais importantes foram do ex-presidiário David dos Santos, que confirmou a participação dos ex-diretores do presídio Baldomero Cavalcanti, delegado Jair Macário, e José Jorge dos Santos, no assassinato de Fernando Fidélis, e do traficante Ari do Morro, que negou a versão da sua suposta participação no assassinato de Fidélis. “As testemunhas confirmaram as versões apresentadas durante os primeiros depoimentos ao Ministério Público, mas eu considero que hoje (ontem) os depoimentos do David e do Ari foram proveitosos e confirmaram as participações do delegado Macário, do ex-diretor José Jorge e do Pé-de-Cobra no assassinato de Fernando Fidélis”, disse. Mousinho falou também sobre as declarações do advogado do ex-diretor do Baldomero Cavalcanti, José Jorge, Júlio César Cavalcante, garantindo que o réu confesso Pé-de-Cobra teria recebido dinheiro para assumir o crime. “Ele tem que apresentar provas e dizer que deu o dinheiro, como esclarecer porque está recebendo do delegado Macário para defender o José Jorge, já que eles alegam que não têm nenhuma ligação pessoal. Se eles não têm ligação qual o motivo então para que o delegado Macário pague pela defesa do José Jorge”, questionou Mousinho. ### Mulher de assassinado ainda vai depor O promotor Marcus Mousinho afirmou que o juiz José Braga Neto agendou para a próxima quinta-feira, dia 16, os depoimentos das outras 12 testemunhas da penúltima fase do processo. Na relação, estão o ex-PM Garibalde Amorim; a viúva e o irmão de Fernando Fidélis, Tânia Fidélis e Bento Júnior Fernandes Costa, e o juiz Jamil Amil Hollanda. Depois dessa fase, o juiz Braga Neto vai agendar os depoimentos das testemunhas de defesa do delegado Jair Macário e do ex-diretor do Baldomero Cavalcanti, José Jorge dos Santos, e do réu confesso do assassinato de Fernando Fidélis, Edson dos Santos, o Pé-de-Cobra, e definirá o prazo para alegações finais da defesa do Ministério Público e a data do julgamento dos acusados. A expectativa dos promotores Marcus Mousinho, Alfredo Gaspar de Mendonça e Karla Padilha, é que ainda se possa chegar a outros supostos envolvidos na morte de Fernando Fidélis, que podem ser citados nos depoimentos da viúva Tânia Fidélis e do ex-PM Garibalde Amorim, que chegou a cumprir pena com Fernando Fidélis pelo assassinato do tributarista Sílvio Vianna, assassinado em outubro de 1998, pelo grupo do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante. Longa espera Os promotores também aguardam a participação da Polícia Federal nas investigações do assassinato de Fernando Fidélis, que foi prometida pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao governador Ronaldo Lessa, em novembro do ano passado. Para os pomotores, apesar das investigações policiais terem sido suspensas, a presença da Polícia Federal serviria para auxiliar as investigações já encaminhadas pelo MP e coleta de mais provas contra os acusados. |GF

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