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Nº 5905
Política

Comando abre sindic�ncia contra oficial

| GILVAN FERREIRA Repórter O comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Acírio do Nascimento, determinou a abertura de uma sindicância para apurar o possível envolvimento do ex-subcomandante da PM, coronel Kleberon Melo, no vazamento de informa

Por | Edição do dia 18/02/2006 - Matéria atualizada em 18/02/2006 às 00h00

| GILVAN FERREIRA Repórter O comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Acírio do Nascimento, determinou a abertura de uma sindicância para apurar o possível envolvimento do ex-subcomandante da PM, coronel Kleberon Melo, no vazamento de informações sobre as prisões do sargento Raimundo Medeiros e do assessor parlamentar Henrique Oliveira, acusados de envolvimento em mais de 30 homicídios e de uma série de assaltos em Alagoas. As prisões do sargento Medeiros e do assessor parlamentar Henrique foram decretadas pelos seis juízes do Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO). Ontem, a Gazeta mostrou que houve negligência no cumprimento dos mandados de prisão. Os documentos que a Gazeta teve acesso mostraram que mesmo com a prisão decretada, o sargento Medeiros foi levado ao hospital de Maceió, no Farol, seis dias depois de ter a prisão decretada, para receber atendimento médico. Depois da consulta médica, o sargento Medeiros recebeu uma licença médica de 120 dias, que foi acatada pelo então subcomandante da PM, coronel Kleberon Melo. O subdiretor-geral da Polícia Civil, delegado Roberto Lisboa, considerou que o coronel Kleberon Melo teria sido negligente no cumprimento da prisão do sargento Medeiros. “Nós tomamos todas as medidas para apurar se houve da parte do tenente-coronel Kleberon Melo facilitação da fuga do sargento Medeiros ou se houve negligência no cumprimento do mandado de prisão”, disse o comandante da PM, coronel Acírio Nascimento. LICENÇA MÉDICA CANCELADA Ontem, o comando da PM anunciou que deu um prazo de oito dias para que o sargento Medeiros se apresentasse ao comando da PM. Se não cumprir o novo prazo, Medeiros vai responder a processo militar por deserção. O comando da PM também revelou que a licença-médica do sargento Medeiros, autorizada pelo ex-subcomandante da PM, coronel Kleberon Melo, foi anulada por ser considerada ilegal. “O sargento Medeiros não poderia receber licença médica sem passar por uma avaliação de um médico da Polícia Militar. O militar tinha até ontem para se apresentar para renovar a sua licença-médica. Como não compareceu, foi aberto um procedimento, uma parte de ausência, que pode causar uma série de punições ao sargento Medeiros”, explicou a chefe de Comunicação Social da PM, tenente- coronel Cláudia. A Polícia Federal reforçou ontem as buscas ao sargento Medeiros e ao assessor parlamentar Henrique Oliveira. Os policiais federais fizeram buscas em vários locais, mas até o fechamento da edição, os federais não tinham informações sobre o paradeiro dos dois fugitivos. ESPOSA PRESA No início da noite de ontem, a Gazeta recebeu a informação que a esposa do assessor parlamentar Henrique Oliveira tinha sido detida e levada para a sede da Polícia Federal para prestar depoimento. Os policiais federais também recolheram documentos e um farto material nas residências do sargento Medeiros e do assessor parlamentar Henrique, que podem servir como prova das supostas ações criminosas do grupo. Representantes do Núcleo Integrado pela Efetividade da Justiça (Niej) agendaram para a próxima segunda-feira, às 17h, um encontro com o presidente do TJ, desembargador Estácio Gama, e os juízes do NCCO. O encontro deve contar com a presença do governador Luis Abílio (PDT) e o presidente da ALE, deputado Celso Luiz (PMN).

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