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Nº 5759
Política

Garotinho prev� apoio �de FHC a Lula no 2� turno

O presidenciável Anthony Garotinho (PSB), que esteve no último sábado em Maceió para discutir seu programa de governo, em um seminário na Casa da Palavra, previu, ontem, em Londrina-PR, que o presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) irá apoiar o pré-c

Por | Edição do dia 21/05/2002 - Matéria atualizada em 21/05/2002 às 00h00

O presidenciável Anthony Garotinho (PSB), que esteve no último sábado em Maceió para discutir seu programa de governo, em um seminário na Casa da Palavra, previu, ontem, em Londrina-PR, que o presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) irá apoiar o pré-candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, num eventual cenário que o coloque em confronto com o petista no segundo turno da disputa eleitoral. “Os petistas e os tucanos são muitos parecidos”, disse Garotinho, rotulando-os de “petucanos”. O presidenciável afirmou ainda que a disputa pela presidência será decidida em dois turnos, entre ele e o petista. “Nem comecei ainda minha campanha e já estou em segundo lugar”, enfatizou Garotinho, que esteve em Londrina, onde está visitando emissoras de rádio e redações de jornais para divulgar sua plataforma de governo. Durante o seminário, em Maceió, o presidenciável deixou claro que o vice de sua chapa será uma liderança política do Nordeste. O nome mais cotado entre os filiados do PSB que participaram do evento é o do presidente do partido, o ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, que preferiu não comentar a indicação. O candidato do PSB ao Planalto destacou a importância do voto dos nordestinos para definir uma eleição à presidência. “Ainda não escolhemos um nome, mas é imprescindível para nossa candidatura termos como vice um político da região que é o segundo maior colégio eleitoral do País”, enfatizou o presidenciável, acrescentando que a indicação de Miguel Arraes ainda vai ser estudada pela cúpula do partido. “O escolhido para vice tem que ser um político que esteja disposto a encarar uma verdadeira batalha, já que vamos ter de arregaçar as mangas e caminhar pelos quatro cantos do Nordeste, que é a região mais injustiçada e esquecida do país”, declarou Garotinho, fazendo questão de ressaltar que já mostrou garra ao abrir mão de sua candidatura à reeleição ao governo do Rio de Janeiro. Sudene Com relação ao seu programa de governo para o Nordeste, Garotinho explicou que seu primeiro ato ao assumir a presidência será restituir a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), extinta pelo governo Fernando Henrique Cardoso, que, segundo ele, será a alavanca para tirar da região o título de mais pobre do país. “Mas não queremos uma Sudene que sirva como mina para políticos corruptos, e sim para financiar projetos dos médios e pequenos”, afirmou. Garotinho acusou o governo FHC de ter extinguido a Sudene de forma irregular, uma vez que ela foi criada por meio de Lei e extinta por Medida Provisória. “A mancada de FHC foi tão grande que até o Serra quer sua restituição”, disse. Oposição O presidenciável destacou ainda a importância das alianças partidárias para se chegar à presidência, mas frisou que esse é o momento do partido se firmar e figurar como força de oposição no País. “Precisamos quebrar a hegemonia do Partido dos Trabalhadores (PT) como única força oposicionista, já que sempre que se fala em esquerda no país o único partido citado é o PT”, enfatizou. Com um discurso populista, o candidato do PSB destacou a importância do povo, para modificar o País. “Estamos vivendo um caos, e a situação piora quando falamos em Nordeste, mas somente o povo e um partido que trabalhe para as massas irá fazer trabalhos voltados para o social”, assegurou. Metas Garotinho apresentou seu programa de governo, começando com críticas ao atual sistema previdenciário. “Temos que ter uma previdência honesta, onde a aposentadoria seja proporcional à contribuição. Mas o que temos hoje é um achatamento do benefício, já que o trabalhador contribui com um valor durante a vida ativa, mas não o recebe quando se aposenta”, explicou. O presidenciável garantiu que vai melhorar a qualidade do ensino público em todos os níveis, além de revelar que pretende criar escolas técnicas e tecnológicas em várias cidades do País. “O mercado exige trabalhadores que estejam por dentro do que há de mais moderno em termo de tecnologia”, frisou. Garotinho assegurou que vai dobrar o mínimo em dois anos, para aumentar o poder de compra dos brasileiros. “Em maio de 2003, o mínimo será de R$ 280,00 e, em 2004, irá para R$ 400,00. Temos que deixar claro que o grande vilão da desigualdade social é o baixo salário e isso precisa ser revisto urgentemente”, ressaltou. Garotinho não poupou críticas aos pré-candidatos Luís Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PPS) e José Serra (PSDB) e não afastou a possibilidade de que a disputa do segundo turno possa ser travada entre um candidato com tendência de direita e outro de esquerda. “Como o campo está se delimitando, ou seja, tem dois candidatos à direita, Serra e Ciro, e dois à esquerda, Garotinho e Lula, eu acho que no final das contas, a disputa será entre um candidato da oposição e um da situação”, concluiu.

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