Mello defende voto facultativo
O presidente em exercício, Marco Aurélio Mello, defendeu ontem, num seminário sobre democracia e imprensa realizado pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ), o fim do voto obrigatório. Ele apoiou o voto facultativo, ao ser indagado, na hora dos debates,
Por | Edição do dia 21/05/2002 - Matéria atualizada em 21/05/2002 às 00h00
O presidente em exercício, Marco Aurélio Mello, defendeu ontem, num seminário sobre democracia e imprensa realizado pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ), o fim do voto obrigatório. Ele apoiou o voto facultativo, ao ser indagado, na hora dos debates, sobre a ação dos marqueteiros nas campanhas eleitorais. Para ele, os marqueteiros acabam construindo uma imagem irreal, porque não se revelam as propostas dos candidatos, a formação deles e muito menos os objetivos que pretendem alcançar no exercício do mandato. Para o presidente interino do Brasil, a problemática é cultural e talvez pudéssemos, para mitigá-la, pensar num voto facultativo, quando os eleitores que viessem a comparecer às urnas, compareceriam conscientizados. Para o ministro Marco Aurélio, poucos param para perceber a importância do voto e quase sempre o comparecimento é apenas para atender a uma obrigação imposta. Espero ainda viver dias em que o voto será um voto conscientizado. Ele apelou às empresas jornalísticas, no entanto, que, em vez de se preocuparem com o denuncismo e sensacionalismo, optem por apresentar os programas eleitorais dos candidatos para que os eleitores possam fazer suas escolhas.