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Nº 5902
Política

Barenco coloca cargo � disposi��o

O delegado de Rio Largo, Marcílio Barenco, disse ontem que está colocando o seu cargo à disposição do diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino. Barenco acrescenta que vem recebendo pressões para afastá-lo do comando da Delegacia de Rio Largo. Se

Por | Edição do dia 15/03/2006 - Matéria atualizada em 15/03/2006 às 00h00

O delegado de Rio Largo, Marcílio Barenco, disse ontem que está colocando o seu cargo à disposição do diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino. Barenco acrescenta que vem recebendo pressões para afastá-lo do comando da Delegacia de Rio Largo. Segundo ele, as pressões para afastá-lo aumentaram depois que cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do vereador de Rio Largo, Toninho Lins (PSB), na tentativa de prender o vereador Júnior Pagão, que está foragido da Justiça desde o último dia 4 de janeiro, depois de ter sua prisão decretada pela juíza Marlene Madeiros. Júnior Pagão é acusado de envolvimento em homicídios, seqüestros e assaltos. Barenco afirmou que teria recebido uma informação que Pagão estaria escondido na residência do vereador Toninho Lins. Ele conseguiu um mandado de busca e apreensão dos juízes do Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO). Segundo Barenco, durante a operação, os policiais apreenderam um colete à prova de balas de propriedade da Polícia Civil, que, segundo o vereador Toninho Lins, teria sido doado pelo diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino. O cumprimento do mandado de prisão revoltou o vereador Toninho Lins, que procurou um dos seus maiores aliados políticos, o deputado estadual João Beltrão (PMN), que utilizou um programa policial para atacar Barenco. Cabeça na bandeja Além das críticas, o deputado João Beltrão teria pedido “a cabeça” do delegado Marcílio Barenco ao governador Ronaldo Lessa. Beltrão alegou, no programa de TV, que o delegado Marcílio Barenco estava tentando atingi-lo. “Ele vem tentando me atingir, mas como não consegue, ataca pessoas ligadas a mim. Ele já ajudou a condenar um inocente lá em Coruripe (Beltrão estava se referindo à condenação, pela Justiça, do seu ex-assessor Jesse James)”, disse Beltrão. O delegado Marcílio Barenco disse que as acusações do deputado João Beltrão seriam infundadas e que iria processá-lo por falsas denúncias. “Eu também vou tomar a mesma medida com relação ao vereador Toninho Lins. Eles precisam ser mais responsáveis e, por isso, vou entrar com ações na Justiça contra eles”, afirmou Barenco. Sobre a suposta invasão ilegal à residência do vereador Toninho Lins, disse que cumpriu todas as determinações da Justiça e questionou à reação do vereador ao cumprimento de uma decisão judicial. “Eu não sei o porquê da reação do vereador Toninho Lins. Nós não invadimos ilegalmente a casa dele, cumprimos um mandado judicial. Nós até estranhamos encontrar na residência do vereador um colete à prova de balas que pertence à Polícia Civil. Eu já informei ao Davino que a cadeira de delegado de Rio Largo está a disposição dele, mas não vou aceitar ameaças ou ingerência política. Eu quero apenas cumprir o meu trabalho e não tenho nenhuma intenção de perseguir ninguém, muito menos o deputado João Beltrão ou o vereador Toninho Lins. Quem não deve, não teme”, disse Barenco. |GF

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