Alian�a PFL-PSDB est� dif�cil em Alagoas
PETRÔNIO VIANNA ODILON RIOS Repórteres O vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL), descartou qualquer tipo de aliança com seu arqui-rival, o governador Ronaldo Lessa (PDT), que admitiu, no começo da semana, que aceitaria subir no
Por | Edição do dia 22/03/2006 - Matéria atualizada em 22/03/2006 às 00h00
PETRÔNIO VIANNA ODILON RIOS Repórteres O vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL), descartou qualquer tipo de aliança com seu arqui-rival, o governador Ronaldo Lessa (PDT), que admitiu, no começo da semana, que aceitaria subir no palanque ao lado do deputado, caso seja confirmada a aliança nacional entre o PSDB e o PFL e a verticalização das coligações partidárias seja mantida para as eleições deste ano. É uma briga localizada, as pessoas têm que se aturar. Olhar mais as qualidades e esquecer os defeitos, quando as pessoas não estão acostumadas a estarem juntas. Eu não tenho dificuldade com ninguém. A dificuldade tem sido sempre mais do Nonô comigo do que eu com ele, comentou Lessa, na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). O PFL trabalha em cima de suas diretrizes, definidas no ano passado. Essas diretrizes dizem que somos oposição ao governo Lula, oposição ao governo Lessa e situação em relação ao prefeito Cícero Almeida (PTB). Não trabalhamos com a alternativa de ser vice na chapa do senador Teotônio Vilela (PSDB). Isso não é pessoal, é uma diretriz do partido. O PFL é oposição, não vai indicar vice, enfatizou. Até o momento, Vilela é tido como candidato do grupo de Lessa ao governo. Eu defendo a coligação nacional do PFL com o PSDB, mas a questão no Estado vai ser colocada pontualmente em conversas com o Geraldo Alckmin [pré-candidato do PSDB à Presidência], emendou Nonô. Processo-crime Sobre as composições com o governador alagoano que, com a verticalização, teria de ficar no mesmo palanque de Lessa, e sua tentativa de fechar com os tucanos alagoanos, Nonô não hesitou: O Téo quer conversar. Aceito. Mas o governador disse que eu tinha vínculo com o sindicato do crime. Movi um processo-crime contra ele e a ação vai continuar quando o governador sair do governo, contou Nonô. Articulações As articulações do PFL e do PSDB para um possível acordo nacional foram discutidas em um encontro entre caciques do PFL e Alckmin, em um hotel paulista, na segunda, 20. Leia mais sobre PFL e PSDB na página A8 O presidente Jorge Bornhausen tinha conversado com ele no domingo. Conversamos sobre o PFL e o PSDB. Colocamos as questões estaduais, um exame dele e o nosso para ver o que acontecia nos estados, detalhou Nonô, informado que Alckmin vai se encontrar na sexta-feira com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, o mais provável candidato pefelista a vaga de vice. Maia era candidato a presidente, mas uma suposta crise nos hospitais públicos do Rio, no ano passado, acabou enfraquecendo o prefeito carioca. Ficamos de aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal, que deve sair na quinta, ressaltou o vice-presidente da Câmara, lembrando da manutenção ou não da verticalização. O dispositivo constitucional iguala nos estados as composições fechadas pelos partidos na esfera nacional. Todo mundo prevê que vai permanecer, acredita. O deputado José Thomaz Nonô negou ontem que o deputado estadual Antônio Albuquerque (PFL) estaria servindo de interlocutor entre o PFL e o bloco governista de Lessa. Albuquerque teria voltado esta semana a Brasília para mais um encontro com Renan Calheiros (PMDB).