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Nº 5759
Política

PSDB e PFL confirmam alian�a nacional

| KELLY LIMA Agência Estado Rio de Janeiro - O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), confirmou ontem o apoio do PFL à candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidência da República. Segundo Maia, no que depender da su

Por | Edição do dia 25/03/2006 - Matéria atualizada em 25/03/2006 às 00h00

| KELLY LIMA Agência Estado Rio de Janeiro - O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), confirmou ontem o apoio do PFL à candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à Presidência da República. Segundo Maia, no que depender da sua posição, o PFL não terá um candidato próprio. “Teremos todos os nossos quadros apoiando a candidatura de Alckmin”, disse o prefeito após se reunir por mais de duas horas com o governador de São Paulo e assessores. Maia, no entanto, disse que o partido ainda vai estudar as composições regionais para a formação da aliança com o PSDB. Os dois políticos se reuniram no estádio do futebol do Engenhão, que está sendo construído pela prefeitura do Rio no bairro de Engenho de Dentro, visando aos Jogos Pan-Americanos do ano que vem. Fidelidade no casamento Indagado sobre a sua preferência inicial por José Serra, e se esse fato havia causado algum transtorno ou mesmo uma maior demora por se decidir por apoio à Alckmin, Maia brincou: “Eu agora casei e não vou ficar pensando se poderia ter sido melhor com a ex-namorada”. Ainda indagado pelos jornalistas se teria aderido à onda alckminista, o prefeito do Rio só comentou: “Estou me esforçando”. Os dois políticos se dirigiram para a feira de São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, especializada em produtos e culinária nordestinas, onde almoçaram. “O Rio será a porta de entrada da campanha de Alckmin no Nordeste”, disse Maia. “O PFL em todos os Estados do Brasil está incorporado, entusiasmado com a candidatura do governador Alckmin. Se este entusiasmo vai se dar numa chapa de composição regional aqui ou ali ou com dois candidatos, como provavelmente vai acontecer no Rio de Janeiro, isso é uma questão completamente diferente do apoio à candidatura nacional”, disse Maia. Nos estados Questionado se o apoio que o prefeito declarara à sua candidatura tinha um cunho local, Alckmin respondeu que se tratava de âmbito nacional, lembrando que o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, havia dito que a posição do partido seria discutida pelo governador com Maia. “Nós conversamos no domingo passado com o presidente nacional do PFL e ele me falou claramente que o compromisso do PFL é com o prefeito Cesar Maia”, acrescentou. “A nossa conversa foi muito boa e fico muito honrado com essa confiança e vamos trabalhar para valer.” Sobre a definição dos candidatos a governador nos Estados e no Distrito Federal, Alckmin procurou mostrar otimismo. “Cada Estado tem a sua singularidade, mas nada insuperável. Em muitos lugares acho que se encaminha para um bom entendendimento.” As legendas do PSDB e PFL estiveram juntos nas duas eleições vitoriosas do tucano Fernando Henrique Cardoso à Presidência em 1994 e 1998. Com Agência Reuters ### Pefelista Nonô não vai compor com tucanos A aliança nacional entre o PSDB e o PFL, confirmada ontem pelo governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), não foi surpresa para o senador e provável candidato ao governo do Estado pelo “frentão”, Teotonio Vilela Filho (PSDB). Na opinião do senador, a aliança seria positiva para o partido também para a disputa em Alagoas. O senador revelou que manteve contato, na última quinta-feira, com o líder do PFL em Alagoas, deputado federal José Thomaz Nonô. “Gostaria de ver essa aliança também em Alagoas, mas o Nonô tem dificuldade por causa de sua aproximação, hoje, com o deputado João Lyra”, disse Vilela referindo-se ao pré-candidato a governador pelo PTB. “Mas isso não é impossível”, acrescentou. No entanto, ele descarta a possibilidade de o PFL indicar o vice em sua chapa para o governo, o que deverá ficar a cargo do PMDB. Nonô, por sua vez, já declarou que não pretende integrar a chapa de Vilela “por fazer oposição ao governo estadual”. Nacionalmente, o senador diz torcer pela escolha de Nonô para ocupar, na disputa pela Presidência, a vaga de vice na chapa encabeçada por Alckmin. “Sou cabo eleitoral do Nonô para vice do Alckmin”, declarou Vilela. Para ingressar na chapa de Alckmin, Nonô precisaria desbancar o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), que desistiu de lançar sua candidatura própria para facilitar a aliança entre os dois partidos. A vantagem de Nonô seria o fato de ser nordestino, uma vez que Alckmin já manifestou interesse em ter um vice dessa região, onde é menos conhecido pelo eleitorado. Para Vilela, a situação, mesmo com a decisão sobre a verticalização das alianças partidárias e a confirmação da aliança entre PSDB e PFL, o cenário político no Estado continua indefinido. “O PMDB não sabe se vai ter candidato próprio para a Presidência, o PDT [partido do governador Ronaldo Lessa] também não. Tudo depende dessas coisas. Eu tenho sorte e aposto que o PDT e o PMDB não vão lançar candidatos. Isso facilitaria as coligações aqui”, comentou. Neste fim de semana, o “frentão” se reúne para bater o martelo sobre a candidatura de Vilela ao governo do Estado. O anúncio oficial será feito na manhã da próxima segunda-feira. O empresário João Tenório deverá ocupar a vaga de Vilela no Senado Federal. |PV e OR ### Celso e Lyra trocam cargos por campanha O presidente da Assembléia Legislativa do Estado (ALE), deputado Celso Luiz (PMN), vai pedir afastamento de suas funções por 30 dias, a partir da semana que vem. A justificativa para a licença é uma viagem que o deputado pretende fazer com o deputado federal João Lyra (PTB), a diversos municípios do interior de Alagoas, no sentido de manter contato com os prefeitos e fazer uma avaliação do cenário político nas regiões do Estado. No início do mês de fevereiro, Lyra e Celso Luiz confirmaram a aliança entre o PTB e o PMN para as eleições de outubro deste ano. Dentro do acordo, o PMN poderá indicar o vice na chapa para a disputa do governo do Estado, provavelmente encabeçada pelo deputado federal. A tendência é de que o próprio Celso Luiz integre a chapa. O PMN, depois das negociações iniciadas no ano passado, arregimentou 16 deputados estaduais com mandato, além de ex-prefeitos e políticos do interior. Na opinião de Celso Luiz, as visitas, com a realização de uma “radiografia” dos problemas e do contexto político-partidário dos municípios do interior, serão importantes para o aprofundamento das discussões e na conclusão do plano de metas de governo. O deputado, que também é presidente do PMN em Alagoas, decidiu fazer as visitas depois de um convite feito por João Lyra. Reajuste Antes de seu afastamento das atividades parlamentares, o deputado Celso Luiz deverá anunciar um reajuste salarial de 20% para os funcionários efetivos da Assembléia. O aumento já vinha sendo discutido pela Mesa Diretora da Casa e era uma reivindicação da associação dos servidores. Além do reajuste salarial, Celso Luiz deverá anunciar também o pagamento antecipado de 30 por cento do 13º de 2006. Tanto o reajuste quanto a parcela do 13º salário já deverão ser incluídas nos contracheques deste mês. Com isso, Celso Luiz tenta assegurar o apoio dos funcionários da ALE à sua candidatura e garantir que nenhuma situação venha a causar constrangimento entre a presidência da Casa e os servidores, o que poderia prejudicar sua candidatura. Campanha O ritmo das visitas do deputado João Lyra ao interior do Estado demonstra como o clima de campanha já vem ocupando o tempo do parlamentar. Nos últimos 30 dias, Lyra visitou 10 municípios alagoanos. De acordo com a assessoria do deputado, o objetivo das viagens é promover discussões com lideranças políticas e empresariais sobre as dificuldades existentes em cada região do Estado. Essa seria uma estratégia importante, segundo a assessoria de Lyra, para a consolidação do programa de metas que o deputado pretende implementar no Estado, caso venha a ser eleito. “Ouvir as lideranças políticas, sindicais, enfim, conversar com a comunidade sobre os seus problemas, é essencial para se pensar no desenvolvimento, no futuro do nosso Estado e do nosso povo”, destacou Lyra. Mesmo assim, o grupo político de Lyra não fala em campanha, mas em “caminhada” para ver a realidade do Estado. |PV

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