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Nº 5759
Política

Lessa: isonomia n�o sair� este ano

| ODILON RIOS Repórter Na sua última cerimônia de troca de guarda do Palácio Floriano Peixoto, que acontece todas as segundas-feiras, o governador Ronaldo Lessa (PDT) foi recebido por secretários, populares e pelos manifestantes do Sindicato dos Trabal

Por | Edição do dia 28/03/2006 - Matéria atualizada em 28/03/2006 às 00h00

| ODILON RIOS Repórter Na sua última cerimônia de troca de guarda do Palácio Floriano Peixoto, que acontece todas as segundas-feiras, o governador Ronaldo Lessa (PDT) foi recebido por secretários, populares e pelos manifestantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal), com faixas pedindo aumento salarial e melhores condições de trabalho nas escolas públicas. Alunos de algumas escolas elogiavam o governador, mas a maioria se aproximou de Lessa para reclamar da falta de condições de algumas instituições de ensino, como ausência de computadores e de professores de Matemática. “Minha querida, fizemos concurso e os professores não se inscreveram”, dizia Lessa. Ao mesmo tempo, chamava o secretário de Educação, José Malta, para “resolver os problemas”. Dizia que houve aumento de vagas nas escolas em sete anos e três meses de administração e concursos em todas as áreas. Sem aumento Já os manifestantes do Sinteal pediam a aprovação do Plano de Cargos e Carreira (PCC) dos profissionais da Educação e isonomia. Se depender de Lessa, não serão atendidos. “O Sinteal tem todo o direito de vir aqui e pedir isonomia. Só não pode ser feito agora. Nestes dois anos oferecemos mais que a inflação. Em dois anos são mais de 35% de aumento; a inflação é 13%, 14%. O Estado deverá fazer isso em um ano ou dois. Este ano é impossível a isonomia. Alagoas deve muito ao serviço público”, explicou. Lessa disse, ainda, que a cerimônia é um espaço democrático. “Na Troca de Guarda se homenageiam as instituições, os municípios, as categorias do funcionalismo e os sindicatos. Aqui também é o lugar onde o povo pode reivindicar os seus direitos”, afirmou Lessa, ao comentar a manifestação dos professores na praça. Desvalorização De acordo com a presidente do Sinteal, Girlene Lázaro, a isonomia precisa existir: “Não dá para dizer que ele não vai aceitar a proposta da isonomia”. A manifestação dos professores foi pacífica. Lázaro dizia que houve valorização de todas as categorias de servidores do Estado, menos para os professores. “A baixa valorização do nosso trabalho tem mostrado a evasão dos professores. Isto está desestimulando a entrada no magistério”, assinalava a presidente do Sinteal. “Nossa reivindicação é a melhoria salarial do magistério e o PCC”, resumiu. Ela disse que o setor vem sofrendo “grande carência”, tanto de equipamentos quanto de professores, e lembrou do exemplo de escolas que não tinham sequer carteiras. Sem nada Enquanto isso, membros do Corpo de Bombeiros (CB) mostravam para a reportagem da Gazeta uma cena curiosa: as viaturas da corporação. Apesar de estarem sendo exibidas como uma grande realização do governo Lessa, estavam vazias. “Não tem nada. Disseram que vem na segunda remessa”, disse um bombeiro, que não se identificou. Na primeira remessa, de acordo com o bombeiro, vieram os carros. “Não sabemos se ainda virão este ano”, contaram os bombeiros-militares.

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