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Nº 5759
Política

Eleitor � conivente com a corrup��o

| DA EDITORIA DE POLÍTICA Com Portal Terra O eleitor brasileiro é tolerante com a corrupção. É o que mostra pesquisa Ibope sobre o tema, divulgada ontem. Os dados mostram que nada menos do que 69% dos eleitores admitem cometer pelo menos um tipo de ato

Por | Edição do dia 29/03/2006 - Matéria atualizada em 29/03/2006 às 00h00

| DA EDITORIA DE POLÍTICA Com Portal Terra O eleitor brasileiro é tolerante com a corrupção. É o que mostra pesquisa Ibope sobre o tema, divulgada ontem. Os dados mostram que nada menos do que 69% dos eleitores admitem cometer pelo menos um tipo de ato ilícito entre 13 ilegalidades do cotidiano listadas pelo pesquisador. Pior, se tivessem oportunidade, 75% dos eleitores dizem que cometeriam ao menos um ato de corrupção entre 13 apresentados pelo instituto aos entrevistados. Assim, se fossem eleitos, 40% dos eleitores brasileiros escolheriam familiares ou pessoas conhecidas para cargos de confiança, 18% mudariam de partido em troca de dinheiro ou cargos, 18% contratariam sem licitação empresas de parentes para prestar serviços públicos e 31% aproveitariam viagens oficiais para lazer próprio ou de familiares. Suborno Em situações do dia-a-dia, 14% dos eleitores admitem subornar alguém para se livrar de uma multa, 7% sonega impostos e nada menos do que 55% compram cópias piratas ou falsificadas de produtos. Ainda de acordo com a pesquisa do Ibope, os percentuais crescem muito quando o eleitor se refere não a si mesmo, mas a terceiros - especialmente políticos. Políticos Para os eleitores, 84% dos brasileiros e 86% dos políticos escolheriam amigos ou parentes para cargos públicos, 62% da população e 83% do mundo político usam dinheiro de caixa dois para fazer campanha eleitoral, por exemplo. O levantamento foi realizado em janeiro deste ano e foram entrevistadas 2.001 pessoas em todo o País. Quebra de legalidade A diretora de Planejamento do Ibope, Silvia Cervellini, afirma que a pesquisa sobre a tolerância do eleitor brasileiro à corrupção revela que a quebra de legalidade está disseminada em toda a sociedade. Atos como suborno de autoridades e sonegação de impostos independeriam, portanto, da idade, do sexo ou da posição social do cidadão e seriam até mais freqüentes entre os eleitores mais jovens e de maior escolaridade. Questionados sobre o que fariam se estivessem no poder, 75% dos 2.001 entrevistados assumiram que cometeriam pelo menos um dos 13 atos ilegais apresentados. A mais tolerada dentre as práticas ilegais seria o nepotismo. Silvia Cervellini diz que os dados da pesquisa ajudarão a prever cenários referentes às eleições deste ano.

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