PV se aproxima do PT e do PC do B
| PETRÔNIO VIANA Repórter A vice-presidente nacional do PV, Sandra Menezes, deixará hoje a presidência do Instituto do Meio Ambiente (IMA), cargo que ocupa há seis anos, para se candidatar, provavelmente, a uma vaga na Câmara Federal. O substituto de Sa
Por | Edição do dia 30/03/2006 - Matéria atualizada em 30/03/2006 às 00h00
| PETRÔNIO VIANA Repórter A vice-presidente nacional do PV, Sandra Menezes, deixará hoje a presidência do Instituto do Meio Ambiente (IMA), cargo que ocupa há seis anos, para se candidatar, provavelmente, a uma vaga na Câmara Federal. O substituto de Sandra será Ricardo César, um técnico que compõe a atual equipe do instituto. Sandra confirmou as negociações com o PT e o PC do B em torno da formação de uma chapa para a disputa proporcional que, segundo ela, é o foco do partido no momento. Temos esse compromisso com a executiva nacional do partido de concorrer com força para a Assembléia e a Câmara Federal, para quebrar a cláusula de barreira. Hoje, o PV não é considerado um partido grande porque precisa quebrar essa cláusula, explicou. Todos os partidos precisam alcançar um patamar mínimo de 5% dos votos para o Legislativo em todo o País - a cláusula de barreira - para terem direito a receber recursos do Fundo Partidário. Para Sandra, a aliança, no Estado, com o PT e o PC do B, é considerada provável, mas, segundo informações obtidas pela Gazeta, o acordo já estaria selado. Nacionalmente, o partido trabalha alianças para a eleição proporcional, com o PPS, o PDT e o PT. Provavelmente, o partido não lançará nome para a Presidência para deixar as alianças proporcionais livres nos estados, no sentido de facilitar a quebra da cláusula de barreira, afirmou Sandra, lembrando da verticalização das coligações partidárias firmadas nacionalmente. Para a eleição majoritária no Estado, Sandra reafirmou o compromisso de apoiar o governador Ronaldo Lessa (PDT) na disputa pela vaga no Senado. Para o governo do Estado, a líder do PV negou que o partido tenha fechado acordo para apoiar o deputado federal João Lyra (PTB). Sandra não nega, no entanto, que alguns quadros do partido estejam hoje mais próximos do grupo político de Lyra. O [Eduardo] Canuto, por exemplo, faz parte da bancada do prefeito Cícero Almeida (PTB), ligado ao deputado. Mas não há nada fechado. Essa discussão será feita em junho, quando acontece a convenção, disse Sandra. Entretanto, pessoas ligadas ao grupo de João Lyra já citam o PV como aliado. Sandra lembra ainda da provável candidatura do ex-secretário de Cultura do Estado, Eduardo Bonfim, ao governo do Estado pelo PC do B. Se conversamos a questão proporcional com o PT e o PC do B, como vamos estar com outros na majoritária? Isso não existe. Podemos até não apoiar ninguém, cogitou a presidente do PV.