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Nº 5812
Política

Bancos oficiais discriminam produtores rurais alagoanos

A Assembléia Legislativa do Estado (ALE) debateu ontem a discriminação que vem sendo praticada por bancos oficiais contra produtores rurais do Estado. A denúncia foi levada ao plenário pelo deputado Demuriez Leão (PSB), que criticou a inexistência de uma

Por | Edição do dia 22/05/2002 - Matéria atualizada em 22/05/2002 às 00h00

A Assembléia Legislativa do Estado (ALE) debateu ontem a discriminação que vem sendo praticada por bancos oficiais contra produtores rurais do Estado. A denúncia foi levada ao plenário pelo deputado Demuriez Leão (PSB), que criticou a inexistência de uma política agrícola eficiente por parte do governo federal. Demuriez declarou que há alguns anos a rede bancária alegava que não financiava a produção agrícola da região agreste porque a maior parte era fumo. “Com o passar dos anos, os produtores se organizaram e começaram a plantar algodão e milho, que têm preço mínimo e comprador garantido. Foi feito um trabalho junto às associações agrícolas e aos comerciantes, visando à comercialização dos produtos”, frisou o parlamentar. Reduzidos De acordo com as informações do parlamentar, os bancos se comprometeram em financiar o plantio, mas não cumpriram com o acordo. “Existe uma falta de seriedade e compromisso da rede oficial bancária. Dos 14 contratos que estão sendo liberados para financiamento, alguns deles, sem qualquer explicação, estão sendo concedidos com valores reduzidos pela metade. Como exemplo, citamos os casos de alguns produtores que apresentaram proposta aos bancos oficiais, para o plantio de 100 hectares de milho. Para isso, seriam necessários R$ 67 mil. Um banco aprovou a proposta, mas só liberou R$ 32 mil. Como é que o produtor vai fazer para garantir o seu plantio com apenas metade dos recursos necessários. Vai plantar só numa parte da área? Isso é um absurdo”, afirmou Demuriez Leão. O deputado Petrúcio Bandeira foi solidário com as declarações de Demuriez e reafirmou a dificuldade existente por parte dos bancos oficiais, para liberação de crédito aos produtores rurais. “Há uma série de burocracia exigida pelos agentes financeiros. Em vários municípios do Estado existem produtores pleiteando linha de crédito para viabilizar suas plantações. O problema é que os bancos não possuem pessoal suficiente para analisar todas as propostas. Proponho a realização de uma sessão especial, com a presença de líderanças dos produtores e de representantes dos bancos oficais, para que possamos encontrar um fim para esse impasse”, observou Bandeira.

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