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Nº 5759
Política

C�lia vai a Renan por vaga no “frent�o”

| ODILON RIOS Repórter As definições a respeito do futuro político da ex-prefeita de Arapiraca Célia Rocha (PSDB) poderão ganhar novos contorno políticos a partir de hoje, em Brasília, após uma reunião entre ela e os senadores Renan Calheiros (PMDB) e T

Por | Edição do dia 05/04/2006 - Matéria atualizada em 05/04/2006 às 00h00

| ODILON RIOS Repórter As definições a respeito do futuro político da ex-prefeita de Arapiraca Célia Rocha (PSDB) poderão ganhar novos contorno políticos a partir de hoje, em Brasília, após uma reunião entre ela e os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Teotonio Vilela Filho (PSDB). A informação foi dada ontem, no fim da tarde, pelo prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB), que estava com Célia na capital federal. Porém, o senador Téo Vilela garantiu não existir nenhum encontro agendado entre a ex-prefeita e ele. “Não marquei conversa com ela em Brasília. Nem sei se vou viajar esta semana”, afirmou. O senador estava, no fim da tarde, na capital alagoana. Mas os desencontros entre o senador Téo e a ex-prefeita Célia Rocha começaram na terça, 4, quando ela disse à Gazeta que estava “magoada” com o grupo do senador, o “frentão” governista, e reclamou que foi deixada de lado. “Claro que estou ressentida, o povo do Agreste quer uma representação política. Preciso de uma definição para meu futuro político e da minha região”, disse Célia. O prefeito Luciano Barbosa, ex-ministro da Integração Nacional, indicado por Renan, assegurou à reportagem, por telefone, que haveria o encontro de hoje em Brasília com os senadores. Viagem Barbosa estava na tarde de ontem no gabinete de Renan, depois tomou rumo ignorado. Célia percorria os gabinetes da bancada federal alagoana. A reportagem tentou contato com a ex-prefeita, mas ela não atendia às ligações. Na versão do prefeito, o encontro será “de diálogo”, sem exigências. “Ela está apreensiva, mas feliz”, disse Luciano. ### Compromissos amarram candidatura Em Maceió, na sessão de ontem da Assembléia Legislativa, a situação da ex-prefeita Célia Rocha era assunto entre parlamentares ligados a ela. O deputado estadual Alves Correia (PMN), um dos representantes do município de Arapiraca na ALE, se solidarizou com a indignação da ex-prefeita, com o fato de seu nome ter sido deixado de fora das discussões sobre as candidaturas do “frentão”. “Ela tem razão. A Célia Rocha sempre deu todo o apoio a Renan, a Téo Vilela. Agora, quando ela mais precisa do apoio desses dois homens, na minha concepção, eles deram um chute na Célia Rocha. Eu sou do PMN, mas defendo esse pensamento da Célia, que ela foi colocada para escanteio pelos dois senadores”, observou o deputado. Na opinião de Alves, que apóia Célia Rocha, a ex-prefeita poderá ter problemas caso decida se candidatar à Câmara Federal ou a uma vaga na ALE. “Sinuca de bico” Para o deputado Correia, a ex-prefeita está numa situação muito difícil, “numa sinuca de bico”. “Segundo as informações que eu tenho, ela não entraria para federal porque tem um compromisso com o deputado federal Rogério Teófilo [PPS]. Para estadual, ela tem o compromisso com o Ricardo Nezinho [PT do B, presidente da Câmara de Vereadores de Arapiraca] e, indiretamente, comigo e com o deputado José Pedro [PMN]. Pela conversa que eu ouvi, da própria prefeita, ela não entraria, mas política é danado. Eu acho que ela não pode ficar sem mandato. Por mim, ela devia romper esse compromisso com o Teófilo e sair para federal”, sugeriu. Na avaliação do deputado José Pedro, também de Arapiraca, a candidatura de Célia à ALE prejudicaria os planos de reeleição de toda a “bancada” arapiraquense, no caso, ele próprio, Alves Correia e Dudu Albuquerque (PSB). “Vai quebrar todo mundo”. Via-crúcis política As confusões em torno da discussão de quem é quem no “frentão” acontece porque Célia Rocha, em primeiro lugar, foi descartada em uma composição para o Senado, deixando a vaga para o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), seu rival político desde 2002, quando Lessa se reelegeu ao governo. Logo depois, a ex-prefeita foi deixada novamente de lado nas articulações do “frentão” para vice-governador, que apontam para o médico cardiologista José Wanderley (PMDB). Fora todo quadro conturbado e enigmático com promessas a correligionários estaduais e federais. Vice Apesar de a escolha do vice estar nas mãos do PMDB, como adiantou várias vezes o senador Téo Vilela, em Alagoas só vai se saber se Wanderley é ou não o escolhido na chapa com o PSDB após uma reunião da Executiva Nacional peemedebista no próximo dia 8 e em junho, definindo se a legenda terá ou não candidato próprio à Presidência da República, nas convenções. Se tiver, o cardiologista não será o vice de Téo, o que poderia dar uma chance a Célia Rocha de ocupar o posto. Do contrário, a ex-prefeita está fora. |OR e PV

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