Prefeita acusada por juiz vai acionar TJ
| ODILON RIOS Repórter A briga entre a prefeita de Passo do Camaragibe, Márcia Coutinho Nogueira (PTB), e o juiz da comarca, Sóstenes Alex, vai chegar, nos próximos dias, ao Tribunal de Justiça, por meio da prefeita. Os dois se desentenderam depois qu
Por | Edição do dia 20/04/2006 - Matéria atualizada em 20/04/2006 às 00h00
| ODILON RIOS Repórter A briga entre a prefeita de Passo do Camaragibe, Márcia Coutinho Nogueira (PTB), e o juiz da comarca, Sóstenes Alex, vai chegar, nos próximos dias, ao Tribunal de Justiça, por meio da prefeita. Os dois se desentenderam depois que o juiz, que também integra o Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO), apreendeu uma caçamba de lixo da Prefeitura de Passo, que transportava quase dois mil litros de combustível, comprados em um posto da capital e transportados à noite pela AL-101 Norte para o município. O combustível teria sido comprado no posto do marido da prefeita, em Maceió, e transportado em uma caçamba da prefeitura. A denúncia foi publicada na edição de ontem da Gazeta. No entanto, Márcia falou em perseguição do magistrado contra ela. Ouvida ontem pela Gazeta, Márcia falou pouco. Mas afirmou que o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Celso Luiz (PMN), está articulando a conversa com o presidente do TJ, desembargador Estácio Gama. O presidente Celso Luiz está agendando, contou. Celso é padrinho político da prefeita de Passo. Juiz confirma Sobre as denúncias e a postura do juiz, foi enfática: Não falo nada. Contactado pela reportagem, o juiz Sóstenes Alex voltou a confirmar ontem que a prefeita cometeu irregularidades ao comprar de maneira irregular o combustível que era transportado, de acordo com o magistrado, no posto de seu marido, de Maceió a Passo. Questionado sobre a atitude da prefeita, que quer levar o caso ao presidente do TJ, Sóstenes Alex não mostrou preocupação. O que fiz foi evitar um mal. Se perseguição é evitar um mal maior, não sei mais o que é perseguição. Alex chegou a desafiar a prefeita. Se ela tem alguma coisa contra mim, que entre com representação no tribunal. Não posso pecar por omissão, analisou. Ela trabalha como prefeita e eu como juiz. Não posso ver as coisas erradas e ficar calado. Se a prefeita andar certinho, nada vai acontecer, afirmou. ///