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Pol�ticos querem puni��o para candidaturas “laranjas”

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Parlamentares e políticos alagoanos divergem em relação à possibilidade dos governos estaduais lançarem candidatos laranjas para driblar a verticalização, e apóiam a punição dos partidos que fizerem uso deste recurso. O presidente regional do PDT em Alagoas, o vice-governador Geraldo Sampaio, apoiou as declarações do deputado carioca Miro Teixeira, líder do PDT na Câmara dos Deputados, que defendeu o combate aos possíveis candidatos-laranjas. Sampaio afirmou que os candidatos-laranjas, que poderiam ser lançados este ano nos Estados para driblar verticalização das alianças eleitorais decretada pela Justiça, devem ser denunciados publicamente, pois são passíveis de impugnação. Ele afirmou que o lançamento de candidaturas falsas reduziria a política ao nível da “contravenção” e mostraria o seu grau de “putrefação”. “O camarada que estiver propondo candidatura-laranja é um delinqüente, não um político”, disse. Segundo Sampaio, “laranja sempre foi criminoso”. O termo é tradicionalmente usado para designar pessoas que figuram no lugar de outras, fornecendo seu nome e documentos para operar empresas de fachada e movimentar contas bancárias com dinheiro de origem suspeita ou criminosa. O vice-governador, porém, disse não ver facilidade para o lançamento de laranjas sem que sejam impugnados na Justiça eleitoral, o que poderia levar à cassação de seus registros de campanha. Verticalização “O candidato tem que ser filiado, tem que ser aprovado por uma convenção, o tempo de televisão do partido tem que ser ocupado por ele”, lembrou. “E aí? Bota na televisão que esse candidato não é para valer? Além do mais, o horário eleitoral de um partido não pode ser freqüentado por candidato de outro, a não ser que estejam coligados”. Geraldo Sampaio acrescentou que “política se faz com seriedade e não com molecagem”. O vice-governador considerou “fundamental e indispensável” a decisão que confirmou a verticalização, que combaterá, segundo ele, a forma de fazer política usual, até a mudança, na qual o candidato e seu partido assumem “poses nacionais” que não condizem com as alianças que fazem “nos grotões”. “Lá no grotão, fazem acordos com que, no cenário nacional, na televisão, denunciam” atacou. “E elegem dois deputados, três deputados. Assim as oligarquias vão se perpetuando”. O pedetista disse esperar mudanças na representação política brasileira e alagoana. Planos O deputado Gilvan Barros (PL) declarou que os partidos que não possuírem reais candidatos devem se coligar a outros, mesmo que fugindo dos planos iniciais de coligação. “Esta jogada atrapalhará as eleições e torço para que não haja este tipo de conduta em nosso Estado”, afirmou o deputado. “Os partidos devem encontrar uma forma de que as coligações nacionais não prejudiquem as estaduais”, completou Barros. O parlamentar Oscar Fontes (PRTB) defendeu a verticalização: “Foi uma medida extremamente correta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), colocando em prática uma medida que já existia, mas não era utilizada. A verticalização vai colocar mais ordem nas eleições, porém a decisão foi tomada muito próximo ao período eleitoral, numa época em que a maioria das coligações já foram formadas, mesmo que ainda não tenham sido divulgadas à imprensa”. Fontes acredita que os Estados usarão candidatos-laranjas para não se prejudicarem com a verticalização: “Os partidos já possuíam suas coligações estaduais independentemente das nacionais, acredito que elas serão mantidas, não só em Alagoas, mas em todo o Brasil, e para que estas composições já amadurecidas aconteçam, acredito que muitos farão uso dos laranjas”, completou o deputado. Para o deputado João Neto ainda é cedo para fazer projeções: “Só no fim do mês de maio, nas Convenções dos Partidos, é que poderemos ter certeza de como as coligações serão formadas em Alagoas e também no país”. Para ele a possibilidade do surgimento de candidatos-laranjas existe e deve ser combatida para que se mantenha a veracidade do processo eleitoral. João Neto afirmou ainda: “Meu partido deve repetir em Alagoas a Frente Trabalhista que acontecerá nacionalmente, com a coligação dos partidos PTB, PDT e PPS”.

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