| ODILON RIOS Repórter A seca no semi-árido alagoano já atinge mais de 80 mil sertanejos, principalmente gestantes e crianças, de acordo com relatório da Defesa Civil Estadual. Entre os efeitos da estiagem estão a suspensão de aulas em povoados rurais, por falta de água para consumo, e conseqüentemente o aumento da incidência de diarréia entre as crianças. O relatório também registra a morte de animais e a perda de lavouras. De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Jair Cordeiro, a situação pode ficar muito pior se ajuda não chegar rápido. ### Municípios decretam emergência Até ontem, as cidades que decretaram emergência pelos efeitos da estiagem foram Poço das Trincheiras, Pão de Açúcar, Mata Grande, Senador Rui Palmeira, Santana do Ipanema e Dois Riachos. Mas, ao todo são 38 municípios alagoanos no chamado polígono das secas no semi-árido, que abrange também Pernambuco. A seca não atinge apenas a zona rural sertaneja, mas a área urbana, localidades próximas ao Centro destas cidades. O pedido para a Defesa Civil não é apenas de água, mas cestas básicas. ### Falta d’água paralisa escola e posto de saúde Em Santana do Ipanema, a seca já atinge os povoados da Zona Rural. São 24.986 pessoas, a maioria delas (11.080) entre 15 e 64 anos sem água para beber ou catando o líquido misturado a lama dos açudes. Outras 524 gestantes sofrem os efeitos da estiagem, segundo dados da Defesa Civil e conseguido pela Gazeta. Os relatórios foram elaborados pela própria coordenação. O mais grave em Santana é que a falta de água prejudicou o ano letivo de 1.454 alunos. ///