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MP quer que bancos assumam preju�zo dos fundos

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As perdas nos fundos de investimento continuam gerando protestos. As pessoas, compreensivelmente, estão indignadas e iradas com a perda de um dinheiro que julgavam ter investido num porto seguro. E perguntam a quem recorrer. O Ministério Público Federal já começou a se mexer e vai investigar essa história. A Procuradoria da República do Distrito Federal instaurou inquérito na segunda-feira, dia 3, para descobrir quem, afinal, é o responsável por isso. A procuradora da República do Distrito Federal, Valquíria Quixadá, informou, ontem, em Brasília, ter aberto inquérito para investigar os responsáveis pelo prejuízo que os investidores tiveram nos fundos de investimento. Os fundos de renda fixa e DI, tidos como seguros pelos cotistas, tiveram perdas desde o dia 31 de maio por causa de uma mudança de regras do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Dívida De acordo com a procuradora, uma circular do BC de 1996 já determinava que os bancos registrassem os títulos da dívida pública e privada pelo valor de mercado. “Ao que parece, o BC se omitiu na fiscalização do cumprimento da regra durante todo esse tempo. E agora vem com essa norma com aparência de nova e impõe perdas aos cotistas”, disse ela. Valquíria Quixadá afirmou, ainda, que os bancos já sabiam dessa norma e incorreram em má gestão do dinheiro de seus clientes ao não cumpri-la. “Alguns bancos já agiam corretamente e registravam os títulos pelo preço de mercado.” “Há um agravante: os bancos vendiam esses fundos como se não tivessem riscos. Não alertaram seus clientes sobre os riscos que existiam e as pessoas achavam que as perdas não podiam ocorrer”, afirmou. A procuradora ressaltou que, depois de concluir as investigações, pretende recomendar ao BC que determine aos bancos a devolução do dinheiro aos clientes. “Esses prejuízos deveriam ser absorvidos pelos bancos”, salientou. “Se o BC não determinar essa devolução, encaminharemos o caso à Justiça.” Valquíria Quixadá abriu o inquérito, na segunda-feira, dia 3 de junho. Nessa sexta-feira, ela encaminhou um ofício ao BC pedindo documentos e esclarecimentos que servirão como prova para uma ação.

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