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Nº 5759
Política

Inacabado, Cadei�o vira “casa de terror”

Carla Serqueira Repórter A precariedade da Casa de Custódia de Alagoas, conhecida como “Cadeião”, tem forçado, em horários de visita, idosos, crianças e jovens – a maioria mulheres, inclusive grávidas – a passarem por situações humilhantes

Por | Edição do dia 18/02/2007 - Matéria atualizada em 18/02/2007 às 00h00

Carla Serqueira Repórter A precariedade da Casa de Custódia de Alagoas, conhecida como “Cadeião”, tem forçado, em horários de visita, idosos, crianças e jovens – a maioria mulheres, inclusive grávidas – a passarem por situações humilhantes e assustadoras. Na tentativa de colocar fim aos sacrifícios que enfrenta quando vai ver o filho, Yolanda Nunes Rocha, 52, estava no Fórum Desembargador Jairo Maia Fernandes esta semana querendo que algum advogado ouvisse as suas reclamações e tomasse providências. ### Diretor tenta intimidar com ameaças A Gazeta esteve na última quarta-feira no Cadeião. Na frente do prédio, entulhos estão espalhados. A obra inacabada apresenta uma passagem improvisada, distante menos de dez metros da guarita do Cadeião, por onde algumas visitas deixam o local. Agentes penitenciários armados controlam a entrada de pessoas no prédio. A reportagem usou a passagem improvisada e, na guarita, conversou com funcionários e parentes de presos e pediu para falar com a direção. “Ele atende sim, sem problemas”, disse um agente. ### Direitos Humanos condena Cadeião e reprova agentes | Carla Serqueira Repórter Representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Conselho Estadual de Direitos Humanos, Narciso Fernandes também não está nada satisfeito com a situação do Cadeião. “Atenta contra a dignidade dos familiares. É ilegal e imoral”, diz, ao se referir à falta de estrutura. “Quem se sentir maltratado deve entrar com uma representação no Ministério Público”, informa, ao reprovar o Grupo de Agentes Penitenciários (GAP). ### Obra não resolve superlotação O diretor da Polícia Civil de Alagoas, Carlos Alberto Reis, é categórico quando afirma que o problema da superlotação nas delegacias da capital e do interior só vai acabar, de imediato, com a conclusão das obras do Cadeião. “Hoje nós temos 390 presos em delegacias do Estado. Ainda é muita gente”, diz. Ele informou que na última sexta-feira, dia 16, para desafogar o 2° Distrito Policial e a Delegacia de Roubos e Furtos, 34 presos foram transferidos para o Cadeião. ///

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