Política
MINA 18: VELOCIDADE DE AFUNDAMENTO CAI PARA 0,5 MM POR HORA
Dados apresentados pela Defesa Civil Municipal indicam possível estabilização do solo após rompimento da cavidade


Dados divulgados ontem pela Defesa Civil de Maceió mostram que o deslocamento vertical da mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió, segue a uma velocidade de 0,5mm por hora, 17 dias após o rompimento da cavidade.
De acordo com o coordenador do órgão, Abelardo Nobre, os números dos indicam um caminho provável de estabilização, com uma redução significativa no movimento. Nobre ressalta, no entanto, a importância de acompanhar esse processo com cuidado, aguardando outros estudos para uma visão mais consolidada.
“O sensor que acompanha a mina não está no teto, ele está na borda e essa borda vai passar por um processo de acomodação, mas é uma redução bastante significativa, menos de 0,5 mm por hora, mas que ainda requer cuidado de quem acompanha esse processo, afirmou. “Para falar de estabilização, a resposta ainda vem com outros estudos, para ter uma visão mais consolidada daquele cenário”.
Apesar do consenso de alguns técnicos a respeito do colapso, a Defesa Civil aguarda informações da batimetria e de sonares a serem realizados em minas próximas para afirmar se o fenômeno foi total ou parcial.
No caso das minas 20 e 21, a área instável não levanta preocupações imediatas. “A possibilidade de ocorrer o dolinamento sempre existiu e vai existir enquanto tivermos minas não preenchidas, mas se vier a ocorrer, será sempre localizado perto do campo do CSA e de outras minas não preenchidas”, explica.
Ações de restabelecimento, como a retomada do trânsito na Praça Lucena Maranhão, estão em andamento. A demarcação por boias permanece, mas estudos estão sendo aguardados para liberar áreas interditadas pela Marinha, permitindo o retorno seguro dos pescadores às suas atividades.
Nobre ressalta que a transição do nível operacional de alerta para nível de atenção será realizada com base em dados acumulados, visando à continuidade segura do processo de monitoramento. Também será baseada em estudos a reabertura ao público dos locais desocupados. O estudo também vai embasar o retorno das atividades dos pescadores naquela região.
“Há uma demarcação por boias que é permanente, ela vai continuar e já existia antes da crise da mina 18. A interdição maior foi feita pela Marinha do Brasil, e estamos aguardando estudos para conversar com a Capitania e liberar a área para que os pescadores possam retornar às suas atividades”, adiantou o coordenador.