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MINA 18: VELOCIDADE DE AFUNDAMENTO CAI PARA 0,5 MM POR HORA
Dados apresentados pela Defesa Civil Municipal indicam possível estabilização do solo após rompimento da cavidade
Por Tatianne Brandão | Edição do dia 28/12/2023 - Matéria atualizada em 28/12/2023 às 00h22
Dados divulgados ontem pela Defesa Civil de Maceió mostram que o deslocamento vertical da mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió, segue a uma velocidade de 0,5mm por hora, 17 dias após o rompimento da cavidade.
De acordo com o coordenador do órgão, Abelardo Nobre, os números dos indicam um caminho provável de estabilização, com uma redução significativa no movimento. Nobre ressalta, no entanto, a importância de acompanhar esse processo com cuidado, aguardando outros estudos para uma visão mais consolidada.
“O sensor que acompanha a mina não está no teto, ele está na borda e essa borda vai passar por um processo de acomodação, mas é uma redução bastante significativa, menos de 0,5 mm por hora, mas que ainda requer cuidado de quem acompanha esse processo, afirmou. “Para falar de estabilização, a resposta ainda vem com outros estudos, para ter uma visão mais consolidada daquele cenário”.
Apesar do consenso de alguns técnicos a respeito do colapso, a Defesa Civil aguarda informações da batimetria e de sonares a serem realizados em minas próximas para afirmar se o fenômeno foi total ou parcial.
No caso das minas 20 e 21, a área instável não levanta preocupações imediatas. “A possibilidade de ocorrer o dolinamento sempre existiu e vai existir enquanto tivermos minas não preenchidas, mas se vier a ocorrer, será sempre localizado perto do campo do CSA e de outras minas não preenchidas”, explica.
Ações de restabelecimento, como a retomada do trânsito na Praça Lucena Maranhão, estão em andamento. A demarcação por boias permanece, mas estudos estão sendo aguardados para liberar áreas interditadas pela Marinha, permitindo o retorno seguro dos pescadores às suas atividades.
Nobre ressalta que a transição do nível operacional de alerta para nível de atenção será realizada com base em dados acumulados, visando à continuidade segura do processo de monitoramento. Também será baseada em estudos a reabertura ao público dos locais desocupados. O estudo também vai embasar o retorno das atividades dos pescadores naquela região.
“Há uma demarcação por boias que é permanente, ela vai continuar e já existia antes da crise da mina 18. A interdição maior foi feita pela Marinha do Brasil, e estamos aguardando estudos para conversar com a Capitania e liberar a área para que os pescadores possam retornar às suas atividades”, adiantou o coordenador.