IMA colhe amostra da Lagoa Mundaú após mortandade de peixes
Pescadores foram surpreendidos com fenômeno nos últimos dias na região do Botinha, no Vergel do Lago
Por regina carvalho | Edição do dia 03/01/2024 - Matéria atualizada em 03/01/2024 às 04h00
Após a divulgação de vídeos que mostram centenas de peixes mortos, imagens registradas no último fim de semana, equipes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) percorreram trechos e colheram amostras da Lagoa Mundaú no domingo (31) e na segunda-feira (1). O material será analisado e a qualidade da água monitorada.
“Foram colhidas amostras que vão passar por análise laboratorial. O Instituto do Meio Ambiente segue monitorando a qualidade da água da Laguna Mundaú e pede que a população utilize os canais de denúncia, a exemplo do aplicativo IMA Denuncie”, destaca nota do instituto.
Para pescadores e marisqueiras o ano de 2024 começou com a notícia preocupante, ainda sob a expectativa dos impactos ambientais causados pela mina 18 da Braskem. isso porque peixes de várias espécies apareceram mortos às margens da Mundaú.
Preocupados, trabalhadores que tiram o sustento da lagoa acionaram a presidente da Cooperativa de Trabalho das Marisqueiras (Coopmaris), Vanessa dos Santos.
“O pessoal me avisou dessa situação no domingo e já soubemos que o problema continuou. Fiz um vídeo e tinha muito peixe, principalmente do tipo Mororó. Esses peixes estão vindo daquela parte em que houve o problema”, lamenta Vanessa dos Santos, referindo-se aos impactos causados pelas minas da Braskem colocadas na Lagoa Mundaú, especialmente a 18, que colapsou no dia 10 de dezembro.
Segundo os pescadores, centenas de peixes - mororó, carapeba, mandi e bagre – apareceram mortos na região onde fica o Campo do Botinha, no Vergel do Lago, em Maceió.
“Esses peixes estão vindo daquela região, é por causa da Braskem. Hoje mesmo ainda tinham mortos. Não é a mesma quantidade de domingo, mas continua o problema”, conclui Vanessa.