Cratera aberta por colapso da mina 18 comporta água de 11 piscinas
Defesa Civil alerta para necessidade de monitoramento de outros três poços que ficam sob a lagoa
Por G1 | Edição do dia 06/01/2024 - Matéria atualizada em 06/01/2024 às 04h00
Documento enviado pela coordenadoria de Defesa Civil de Maceió à Braskem e ao Ministério Público Federal no dia 30 de dezembro informa que a cratera aberta sob a lagoa Mundaú após o colapso da mina 18, no bairro do Mutange, comporta o mesmo volume de água de 11,4 piscinas olímpicas. Segundo o relatório, obtido pela TV Gazeta, a cavidade tem 78 metros de comprimento, 46 metros de largura e 7 metros de profundidade
Entretanto, de acordo com o coordenador do órgão, Abelardo Nobre, uma segunda medição foi feita dias depois e chegou a uma profundidade maior, de 10 metros. Dessa forma, o volume de água dentro da cratera é de 35.880 m³, bem maior que o volume médio de uma piscina olímpica, 3.125 m³.
A Defesa Civil alerta ainda para a falta de monitoramento de três minas que também ficam sob a lagoa. A gravidade do impacto do colapso sobre essas minas será determinada por um equipamento a ser colocado em uma cavidade fora da lagoa por um cabo operado por um caminhão para tentar acessar as minas submersas. Se o acesso estiver bloqueado, será necessário perfurar um novo poço.
“Essas cavidades, além de estarem próximas a mina colapsada, se encontram parcialmente e fora da camada de sal. Por estarem localizadas na laguna Mundaú, torna-se inviável o acompanhamento por DGNSS, sendo assim, necessário a avaliação de tais cavidades após a ruptura e colapso da Mina 18”, diz trecho do documento da Defesa Civil a que a TV Gazeta teve acesso.