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Nº 5855
Política

Após conversa com Lula, Marta aceita ser vice na chapa de Boulos

Ex-prefeita confirmou saída da gestão de Ricardo Nunes, onde era secretária de Relações Internacionais

Por G1 | Edição do dia 10/01/2024 - Matéria atualizada em 10/01/2024 às 04h00

A A ex-prefeita Marta Suplicy confirmou ontem sua saída do governo do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Marta ocupava o cargo de secretária de Relações Internacionais desde janeiro de 2021. A saída ocorre após a agora ex-secretária se encontrar com o presidente Lula (PT) e sinalizar que aceita ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Nunes chamou Marta para uma reunião nesta tarde “para esclarecer informações veiculadas pela imprensa”. Aliados dizem que houve “quebra de confiança”, já que a ex-prefeita não fala com o emedebista há semanas e não o avisou sobre a ida a Brasília para uma agenda pública com Lula. Em comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação da prefeitura, Nunes diz que a saída de Marta foi decidida “em comum acordo”.

A agora ex-secretária agradeceu a Nunes pelo período em que fez parte da equipe do prefeito, mas disse, na carta de demissão apresentada ao emedebista, que “o cenário político de nossa cidade prenuncia uma nova conjuntura”.

“Como em outras passagens de minha vida pública seguirei caminhos coerentes com minha trajetória, princípios e valores que nortearam toda a minha vida pública e que proporcionaram construir o legado que me trouxe até aqui”, escreveu.

Marta chegou à sede da prefeitura por volta das 17h. A ex-ministra pretendia se reunir com o emedebista apenas no retorno de suas férias, no dia 15 de janeiro. Além de Nunes, participaram da conversa o marido de Marta, Márcio Toledo, e o secretário de Governo, Edson Aparecido.

Nunes soube do encontro de Marta com Lula pela imprensa. Horas antes, ele havia reiterado a confiança na secretária em entrevista a jornalistas.

A articulação para uma composição com Boulos, tido como o principal adversário de Nunes, foi vista como uma traição, já que a secretária não procurou o prefeito para conversar sobre a possibilidade de abandonar o barco.

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