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Delfim critica o aumento da meta oficial de infla��o

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Brasília – O economista Delfim Netto, deputado federal e colunista do UOL News, comentou em entrevista a Paulo Henrique Amorim, no Programa Delfim Responde de ontem, o aumento do “intervalo de tolerância” da meta oficial de inflação do Brasil. Para Delfim, o governo está trocando o sistema de metas por um sistema de projeção da inflação. O governo ampliou de 1,5 ponto percentual para 2 pontos percentuais o chamado “intervalo de tolerância”, uma espécie de margem de erro para a meta da inflação. O ministro Pedro Malan (Fazenda) anunciou também o aumento de 3,25% para 4% na meta de inflação para 2003. Com o novo intervalo de tolerância, a meta da inflação para 2003 passa a ser mais flexível, de 1,5% a 6%. “Na minha opinião, será a banda inflacionária mais larga que o mundo já viu. Em meta inflacionária, normalmente o intervalo é de um ponto percentual. O governo se precipitou quando fixou a meta em 3,25%, foi óbvio, todo mundo disse isso naquele momento. Agora, a credibilidade vai se esvaindo lentamente. O Brasil hoje deve ser um objeto de riso internacional. Logo, logo, a meta vai de zero a infinito...”. Falta controle “O governo tinha que se esforçar para atingir a meta. Meta não é uma coisa móvel, é fixa. Agora, parece que mudamos. Estamos nos encaminhando para um sistema de projeção de inflação, no lugar de tentar cumprir a meta. O Brasil não consegue fazer nada puro...”, disse Delfim. “Não importa se vou atingir o objetivo em 18 meses, 14 meses. A meta é o grau de controle que o governo teria para se basear”, concluiu. Para Delfim, a decisão foi motivada por “pressão política”. “Isso foi para ajudar o governo, que está numa situação delicada, que cometeu alguns erros, está num prejuízo”. Parece-me que há um jogo político, visivelmente atendendo às necessidades políticas. Isso não honra aquela pureza que esperávamos das metas”, disse. “Não há desculpa para isso, é tudo história”. “O governo provavelmente agora vai baixar os juros, quando tinha que diminuir a liquidez”.

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