Patrícia Bastos Repórter O prefeito de Marechal Deodoro, Danilo Dâmaso (PMDB), pode perder o mandato e ficar inelegível por dez anos. Ele foi condenado ontem pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade pelo crime de improbidade administrativa, referente ao exercício financeiro do primeiro mandato na prefeitura, de 2001 a 2005. A sentença, que deve ser publicada hoje no Diário Oficial do Estado, enumera 17 irregularidades cometidas por Dâmaso, entre elas superfaturamento de materiais escolares, combustíveis e lubrificantes; licitações fraudulentas; notas “frias”; pagamentos de diárias de viagens sem comprovação de custos; transferências federais não localizadas nas contas da prefeitura, saques da conta pública e até mesmo a aquisição de bens supérfluos, como tapetes e louça importados. ### Prefeito responde a inúmeros processos Os problemas de Danilo Dâmaso com a Justiça não são de hoje. Ele responde processo pelo desvio de recursos federais para a aquisição de merenda escolar. O prefeito foi apontado como um dos “cabeças” do esquema desbaratado pela Operação Guabiru, em maio de 2005, e chegou a passar 79 dias preso na Polícia Federal em Maceió. Mas as investigações contra Dâmaso acontecem de maneira conturbada. A sentença de ontem vem de um processo que se arrasta há dois anos na Justiça. O primeiro juiz designado para decidir o processo, Léo Dennisson Bezerra de Almeida, já havia tido problemas com Dâmaso devido ao julgamento de outros dois processos anteriores, e arguiu suspeição. ///