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Após reunião, chanceleres de Venezuela e Guiana se dizem esperançosos

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Os chanceleres da Venezuela, Yván Gil Pinto, e da Guiana, e Hugh Todd, afirmaram ontem que os dois países continuam dispostos a retomar o diálogo.

Eles participaram de reunião conjunta no Palácio Itamaraty, em Brasília. O encontro foi mediado pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira.

A reunião teve como pano de fundo a crise causada pela reivindicação da Venezuela sobre a região de Essequibo, hoje reconhecida como parte do território guianês. “A Guiana segue comprometida em resolver a controvérsia que a Venezuela tem com a decisão de 1899 do tribunal arbitral de um jeito muito pacífico”, disse Hugh Todd.

O representante da Guiana se refere ao laudo assinado em Paris, em 1899, que desenhou as fronteiras atuais.

“Nós reiteramos o nosso apoio e compromisso com a Carta da ONU, que inclui o respeito à lei internacional e ao acordo de 1966 de Genebra, que está dentro da lei internacional”, completou o chanceler guianês.

Em 1966, a Venezuela e o Reino Unido, que então controlava a Guiana, concordaram em buscar uma “solução satisfatória” para a disputa. Meses depois, a Guiana se tornou um país independente e uma decisão em comum acordo nunca aconteceu.

“A Venezuela e o governo do presidente Nicolas Maduro está plenamente comprometido em buscas alternativas que nos permitam chegar a uma solução mutuamente aceitável,”, afirmou o chanceler venezuelano.

Yván Gil Pinto disse, ainda, ter se sentido “realmente satisfeito” com a conversa e “com muitas expectativas” de novas discussões. “Há muita matéria a discutir”, pontuou.

Do lado brasileiro, o ministro Mauro Vieira afirmou que, na conversa desta quinta, a Venezuela e Guiana expressaram entendimento acerca do compromisso para com o diálogo e a paz. Além disso, que os dois países apresentaram suas propostas de agenda de trabalho para uma possível nova reunião entre as duas partes, que também poderá ser realizada no Brasil.

“Comprometeram-se, reconhecidas as diferenças de lado a lado, a seguir dialogando com base nos parâmetros estabelecidos pela declaração de Argyle. Agradeço a participação dos chanceleres da Venezuela e da Guiana nas conversas de hoje. Assim como a presença dos atores regionais, como São Vicente e Granadina, como representação da Celac, assim como a ONU, que observou e participou dos trabalhos”, afirmou Mauro Vieira.

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