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Nº 5759
Política

Com avanço das investigações, governo avalia demitir cúpula da Abin

Polícia Federal descobriu que Ramagem continuava com um notebook e um celular da agência

Por G1 | Edição do dia 27/01/2024 - Matéria atualizada em 27/01/2024 às 04h00

O governo Lula avalia a demissão da cúpula da Abin após o avanço das investigações da Polícia Federal apontando que haveria um conluio da atual gestão para blindar investigados por participação em um esquema de espionagem ilegal, a chamada “Abin Paralela”.

Investigadores da PF têm classificado a permanência de integrantes do comando da agência como “insustentável”. Há uma ala que defende, inclusive, a demissão do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e do diretor Alessandro Moretti.

Na quinta-feira (25), agentes apreenderam quatro computadores, seis celulares e 20 pen drives em endereços do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da agência no governo Bolsonaro. A TV Globo apurou que, entre os objetos apreendidos, há um notebook e um celular da Abin.

Corrêa goza da confiança de Rui Costa, ministro da Casa Civil, a quem cabe bater o martelo sobre as demissões.

Vale lembrar, também, que a nomeação de Alessandro Moretti, ex-número 2 de Anderson Torres, abriu uma verdadeira guerra nos bastidores do governo.

O g1 procurou a Abin na quinta-feira (25) e pediu uma entrevista com Corrêa para comentar os fatos revelados pela operação, mas a Abin informou que não seria possível.n

CRISE NA ABIN

Na decisão que autorizou a operação da PF de quinta-feira (25), o ministro do STF Alexandre de Moraes afirma que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, usou o órgão para fazer espionagem ilegal.

Entre autoridades espionadas estavam a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.

Apurações da PF apontam que a Abin teria sido “instrumentalizada” para monitorar ilegalmente uma série de autoridades e pessoas envolvidas em investigações.

O uso indevido da Abin teria ocorrido quando o órgão era chefiado por Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ramagem foi alvo de uma operação da PF nesta quinta-feira.

O crime, segundo as investigações, envolvia o uso do software “First Mile”, ferramenta de geolocalização que permite identificar as movimentações de pessoas por meio dos celulares delas.

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