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Nº 5759
Política

Com Bukele reeleito, El Salvador se torna regime de partido único

Não se contesta a alta popularidade de Nayib Bukele no comando de El Salvador, mas para se reeleger presidente do país, pela primeira vez em um século, ele precisou concentrar todo o poder em suas mãos, controlando Legislativo e Judiciário.Declarou-se ven

Por G1 | Edição do dia 06/02/2024 - Matéria atualizada em 06/02/2024 às 04h00

Não se contesta a alta popularidade de Nayib Bukele no comando de El Salvador, mas para se reeleger presidente do país, pela primeira vez em um século, ele precisou concentrar todo o poder em suas mãos, controlando Legislativo e Judiciário.

Declarou-se vencedor antes de os salvadorenhos conhecerem os resultados oficiais, numa apuração obscura, em que o site do TSE ficou três horas fora do ar, e a imprensa foi barrada da contagem preliminar.

Neste segundo mandato — inconstitucional por natureza e permitido graças a juízes nomeados por ele — Bukele governará absoluto, em regime de partido único.

No ano passado, o Congresso foi reduzido de 84 para 60 legisladores, e o número de municípios caiu de 262 para 44.

O resultado dessa manobra foi anunciado menos de duas horas após o fechamento das urnas pelo próprio presidente: “Vencemos as eleições presidenciais com mais de 85% dos votos e um mínimo de 58 de 60 deputados”, proclamou.

OPOSIÇÃO

Bukele abriu o caminho para solidificar, assim, o regime ditatorial em El Salvador, ainda que desfrutando de enorme prestígio entre a população.

Sem opositores, ele afastou do Congresso os dois principais partidos – o esquerdista FMNL e o direitista Arena — e terá aval para manter o regime de exceção, em vigor desde março de 2022, e mudar o sistema político do país, como bem entender.

No palanque da vitória, Bukele chamou seu modelo de democrático. “Toda a oposição em conjunto foi pulverizada”, comemorou.

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