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Nº 5884
Política

Na Guiana, Lula diz que América do Sul deve seguir como ‘zona de paz’

Presidente evita mencionar Essequibo e volta a repudiar ataques na Faixa de Gaza, mas não cita Israel

Por Agência Brasil | Edição do dia 01/03/2024 - Matéria atualizada em 01/03/2024 às 04h00

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a manutenção da América do Sul como uma zona de paz. Lula fez declaração à imprensa após reunião com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, durante sua visita a Georgetown, capital do país vizinho.

“A nossa integração com a Guiana faz parte da estratégia do Brasil de ajudar, não apenas no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como uma zona de paz no planeta terra. Nós não precisamos de guerra, a guerra traz destruição de infraestrutura, traz destruição de vidas e traz sofrimento. A paz traz prosperidade, educação, geração de emprego e tranquilidade aos seres humanos. Esse é o papel que o Brasil pretende jogar na América do Sul e no mundo”, disse Lula.

Guiana e Venezuela disputam o território de Essequibo e já se comprometeram a não usar a força na resolução do conflito. O acordo foi assinado em dezembro de 2023, após mediação de organismos regionais e de outros países, incluindo o Brasil.

Na declaração de ontem, ao lado do presidente guianês, Lula não mencionou diretamente a disputa por Essequibo, mas disse que agradecerá ao primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, por ser o “coordenador das conversas entre a Guiana e a Venezuela”. Hoje, Lula viaja para Kingstown, capital do país caribenho, para participar, nesta sexta-feira (1º), da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Gonsalves é presidente pro-tempore da Celac.

“Espero que a gente tenha uma reunião da Celac produtiva, harmoniosa e que todos nós saiamos de lá falando em paz, prosperidade, alegria, amor, e não em ódio”, disse.

INTEGRAÇÃO E INVESTIMENTOS

Lula desembarcou na Guiana na quarta-feira (28) para participar do encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom). Durante seu discurso, ele destacou as agendas em comum do Brasil com os países da região e prometeu abrir rotas de conexão e ampliar a parceria.

Ontem, o presidente brasileiro reafirmou o compromisso e disse que projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também contemplam a integração do continente, “com o objetivo de chegar [abrir rotas do Brasil e de outros países da região] ao [Oceano] Pacífico e diminuir em 10 mil quilômetros a distância do nosso comércio com a China, Japão e outros países”.

GAZA

Lula voltou a criticar as ações de Israel na Faixa de Gaza em encontro na Guiana. Sem citar Israel, ele disse que o Brasil busca paz “é contra o que está acontecendo” na Palestina, “da mesma forma que fomos contra o ataque terrorista do Hamas”.

O presidente tem sido uma das principais vozes críticas ao conflito, repudiando as ações em praticamente todas as suas falas internacionais.

“Nós não precisamos de guerra. A guerra traz destruição, destrói infraestrutura, destruição de vida e sofrimento. A paz traz prosperidade, traz educação, traz geração de emprego e tranquilidade aos seres humanos. Esse é o papel que o Brasil pretende jogar na Amèrica do Sul e no mundo. Todo mundo sabe que o Brasil também é contra a guerra na Ucrânia”, afirmou Lula.

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