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Ouvidoria investigar�den�ncias contra a PF

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Brasília – O ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, anunciou, ontem, a criação da Ouvidoria Eleitoral da Polícia Federal, encarregada de apurar eventuais denúncias contra a atuação da PF na campanha eleitoral. Ele tomou a decisão apoiado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, dias depois da credibilidade da Polícia Federal ter sido colocada em dúvida pelas informações de que seus delegados teriam investigado o candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o ministro, o ouvidor será escolhido fora dos quadros da polícia. Reale Júnior não adiantou a data da criação da ouvidoria, mas fontes do Palácio do Planalto acreditam que o novo órgão estará em atividade já no próximo mês. O ministro foi taxativo ao assegurar que o novo órgão será o responsável por registrar e apurar eventuais queixas sobre a conduta da Polícia Federal em assuntos relacionados ao processo eleitoral”. Ele voltou a criticar a atitude de Lula de comparar a Polícia Federal à polícia política dos nazistas, a Gestapo. “É uma desproporção tão grande, uma falta de limites tão grande que fica até realmente estranho chamar de Gestapo uma ação que se construiu para ouvir alguém e saber se confirma suas afirmações”, afirmou, referindo-se à denúncia feita contra o petista na Comissão do Narcotráfico que, segundo ele, foi abandonada por falta de provas. Respeito A proposta de criação da Ouvidoria Eleitoral foi discutida entre Reale Júnior e o presidente Fernando Henrique Cardoso, na última sexta-feira. Para o ministro, a iniciativa demonstra a intenção do Ministério da Justiça e da PF de manter absoluta lisura no processo eleitoral. Ele deu a informação após proferir a aula inaugural do curso de formação de 550 delegados e agentes peritos da PF, na Academia Nacional de Polícia. Falando aos alunos, o ministro defendeu que “o bom policial é o que respeita os limites ao direito de punir”. Segundo ele, o grande desafio de nosso tempo da sociedade brasileira é obter, por meios lícitos, a melhora da qualidade de vida, “fazendo com que as frustrações não estimulem a prática do delito”.

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