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Nº 5700
Política

Empresários são alvos da PF por suposto desvio milionário do SUS

Operação identificou R$ 30 mi em bens ocultados e sequestrou dez imóveis, avaliados em mais de R$ 20 mi

Por Agência Estado | Edição do dia 24/04/2024 - Matéria atualizada em 24/04/2024 às 04h00

A Polícia Federal colocou nas ruas ontem a Operação Moto-perpétuo, uma ação coordenada em Curitiba, São Paulo e Balneário Camboriú para recuperar ativos supostamente desviados do Sistema Único de Saúde (SUS). A PF busca desarticular um grupo que estaria envolvido na ocultação desses bens.

Operação identificou R$ 30 milhões em bens ocultados, segundo a PF, e sequestrou dez imóveis, avaliados em mais de R$ 20 milhões. Também foram apreendidos carros de luxo, além de valores acima de R$ 10 mi

Entre os bens confiscados há um apartamento avaliado em mais de R$ 10 milhões localizado em Balneário Camboriú. Os investigadores descobriram que, embora o imóvel seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de uma empresa fictícia que tem como ‘sócio’ um beneficiário do auxilio emergencial da pandemia.

O benefício financeiro foi criado em 2020 pelo governo federal em meio ao flagelo da covid-19 que assolou o País para garantir renda mínima a cidadãos em situação vulnerável.

A Justiça autorizou, ainda, a apreensão de valores acima de R$ 10 mil e a indisponibilidade de cotas sociais de duas empresas, cujo capital totaliza R$ 500 mil.

A investigação teve início após suspeitas levantadas durante a Operação Fidúcia, também conduzida pela PF. Nessa investigação foi identificado um esquema em que os alvos faziam uso de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar recursos do SUS, totalizando um desvio de aproximadamente R$ 14 milhões.

Uma auditoria da Controladoria Geral da União apontou desfalque mais elevado ainda, no montante de R$ 70 milhões em todo Paraná

Durante a investigação que resultou na Operação Moto-perpétuo, novas informações foram reunidas indicando que os suspeitos teriam adquirido diversos bens em nome de terceiros, visando ocultar os ganhos ilícitos.

Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de laranjas, ‘com o auxílio de um advogado e um contador’.

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