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Recebido com honras

Putin chega a Pequim em visita que reafirma parceria com a China

Presidente russo pretende obter mais apoio de Xi Jinping para manter sua máquina de guerra

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, desembarcou em Pequim ontem para se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping. Putin espera obter mais apoio de seu “querido amigo” Xi Jinping, em meio a um estreitamento das relações entre Moscou e Pequim nos últimos anos, principalmente após o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

A economia russa permanece em grande parte isolada por conta das sanções do Ocidente em decorrência da guerra e está cada vez mais dependente da China. Mas Putin precisará de mais ajuda para sustentar a sua máquina de guerra, especialmente agora que o Exército da Rússia avança perto de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, antes da chegada do pacote militar e econômico que será enviado pelos Estados Unidos às forças de Kiev.

Putin foi recebido com honras na capital chinesa, em uma cerimônia que ressaltou a importância da relação entre os dois países e de seu alinhamento estratégico “sem limites”. Xi deu as boas-vindas a Putin no Grande Salão do Povo com um evento bem coreografado, uma saudação de 21 tiros, uma banda marcial, uma guarda de honra e crianças pulando e acenando em sincronia.

O presidente russo ficará na China até sexta-feira, 17, e vai visitar também a cidade de Harbin, próxima à fronteira com a Rússia, segundo o serviço de mídia do Kremlin.

MODELO

O presidente chinês saudou os laços entre os dois países como “um modelo para um novo tipo de relações internacionais e relações entre grandes potências vizinhas”. A chave para a relação, disse ele, é que os países “sempre se apoiem firmemente em questões que envolvem os interesses fundamentais e as principais preocupações de cada um”.

Em uma declaração que leu aos repórteres em Pequim após a reunião bilateral, Xi disse que ele e Putin discutiram a guerra na Ucrânia - que ele chamou de “crise” e repetiu a posição da China, incluindo que “as preocupações de todas as partes”, ou seja, a oposição de Putin à Otan, deve ser respeitadas.

Já Putin pediu uma maior cooperação econômica entre Moscou e Pequim, apontando que os dois países devem dar prioridade ao setor de energia, indústria, agricultura e tecnologia. Ele elogiou o uso do rublo e do renminbi pelos dois países em seu comércio bilateral, para contornar as restrições de Washington em relação ao uso de dólares.

“Apesar de algumas ações destinadas a restringir o nosso desenvolvimento - por parte de países terceiros - o volume de negócios entre a Rússia e a China está em um bom ritmo”, disse Putin, segundo a mídia estatal russa.

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