Maiores economias
Encontro do G20 em Maceió discute futuro da economia digital no mundo
Evento reúne cerca de 40 delegações estrangeiras na capital alagoana até a próxima sexta-feira (13)

O G20 deu início às reuniões em Maceió ontem no Hotel Ritz Lagoa da Anta, em Jatiúca. O encontro vai até esta sexta-feira (13) e discute o futuro da economia digital no mundo. Cerca de 40 delegações estrangeiras marcam presença. Ao todo, 19 países, além da União Europeia e União Africana, participam do G20, que representa 85% do PIB mundial. O Brasil é presidente do grupo desde o ano passado.
O prefeito de Maceió, JHC (PL), deu as boas-vindas aos representantes e expressou a alegria da cidade em sediar o evento, complementando que, desde que assumiu o comando do município, prezou pelo caminho da inovação e da inclusão digital.
“Vivemos em uma era onde a economia digital não é apenas um setor em crescimento, mas o motor central do desenvolvimento econômico e social. Estamos determinados a fazer de Maceió um modelo para o país e para o mundo. Uma cidade onde a tecnologia é usada para melhorar a vida das pessoas, reduzir desigualdades e criar oportunidades“, disse o prefeito.
O representante do Grupo de Trabalho de Economia Digital da Trilha de Sherpas do G20, embaixador Luciano Mazza de Andrade, do Ministério de Relações Exteriores (MRE), ressalta o progresso das negociações que acontecerão ao longo de três dias, visando a produção de relatórios técnicos que embasarão a declaração ministerial, a ser apresentada na sexta-feira. Neste dia, ministros e representantes de alto escalão dos países do G20 estarão em Maceió para a reunião ministerial de Economia Digital.
“A economia digital é cada vez mais relevante na vida cotidiana, desde o uso de celulares até questões como a inteligência artificial. O G20 busca sensibilizar a comunidade internacional sobre a importância desses temas e promover convergências entre os países para facilitar a adoção de soluções e práticas comuns”, salienta.
Uma das apostas do Brasil é utilizar a inclusão digital para reduzir desigualdades. Por conta disso, o grupo está abordando tópicos como inclusão digital, conectividade universal e significativa, governo digital, integridade da informação e confiança no ambiente digital, além do uso da inteligência artificial para o desenvolvimento sustentável.
Durante as discussões deste primeiro dia de evento em Maceió, o Brasil destacou a importância da inclusão digital para, além de ser ferramenta essencial para diminuir as desigualdades sociais, promover o crescimento econômico, especialmente no contexto da América Latina.
Segundo Hermano Barros Tercius, secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações do governo brasileiro (MCom), a ideia é a criação de um conjunto de indicadores, incluindo a acessibilidade econômica à conectividade digital. Ele afirma essa é uma das metas do governo federal brasileiro.
“A estratégia do governo brasileiro se concentra na expansão da conectividade nas escolas públicas, por exemplo, por meio do programa Estratégia Nacional das Escolas Conectadas. A maioria das escolas já possui algum tipo de conexão, mas o objetivo é conectar todas as 138 mil escolas públicas até o final de 2026, e que essa infraestrutura seja suficiente para o número de alunos, de modo a promover o uso digital para fins educacionais”, explica.
As reuniões são coordenadas pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado de Relações Federativas e Internacionais (Serfi). Uma equipe de mais de 40 servidores públicos do estado atuam como oficiais de ligação (liaison officers). Esses profissionais têm o papel crucial de atender as 40 delegações internacionais, facilitando a comunicação e a coordenação entre as delegações, o Governo de Alagoas e o governo federal..