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Prefeitos eleitos enfrentam barreiras para transição de governo

Gestores que estão encerrando o mandato devem compartilhar dados com a equipe da futura administração

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Pelo menos dois prefeitos eleitos de municípios alagoanos relataram dificuldades para iniciar a transição de governo. Essa é uma etapa obrigatória para compartilhamento de dados básicos entre a gestão que se despede e a equipe que assumirá o comando.

A intenção é manter os serviços essenciais funcionando de modo a não prejudicar a população nem o planejamento de quem está entrando.

Em Maribondo, distante 73 km de Maceió, o prefeito eleito, o advogado Bruno Teixeira (PSB), derrotou o candidato Jorjão Amorim (PP), sobrinho da atual prefeita do município, Leopoldina Amorim (PP), por 56,41% a 43,59% dos votos válidos.

Estreante no Executivo, Bruno revelou que somente semana passada a portaria com a nomeação dos integrantes da comissão de transição foi publicada pela atual administração. As primeiras reuniões já aconteceram, mas muitos detalhes ainda precisam ser compartilhados, conforme o futuro gestor.

“Novos documentos foram fornecidos e fizemos visitas a alguns órgãos. Ainda restam pendências, mas compreendo a dificuldade pelo volume de informações e documentos que precisam ser compartilhados”, destacou Teixeira.

No município, o plano para a transição já foi definido. De início, é feita a avaliação dos documentos e informações já fornecidos para estabelecimento do plano de ações. Em seguida, serão programadas novas reuniões e visitas às repartições públicas e feito um ajuste na Lei Orçamentária Anual para atender à realidade financeira e diretrizes políticas. Por último, a montagem da equipe.

“Tenho uma experiência negativa com a administração pública de Maribondo em relação à transparência, ao acesso às informações. Até hoje, nunca um requerimento meu foi atendido. Desde o ano passado, a gente faz algumas solicitações de acesso a dados, de administração, números e até hoje sequer foi justificada qualquer tipo de negativa ou algo parecido”, disse o prefeito eleito.

Ele completa que, apesar das barreiras, acredita que o senso de responsabilidade, de democracia e o compromisso com a continuidade do serviço público vão prevalecer.

PEDIDO FORMAL

Em Estrela de Alagoas, Roberto Wanderley (MDB) utilizou as redes sociais para anunciar que precisou protocolar um pedido formal, à atual administração do município, para que a transição fosse iniciada imediatamente.

“Protocolamos, nos termos da lei, o pedido para que se inicie imediatamente a transição, indicando os nomes dos técnicos que ficarão à frente da coleta de dados. Esperamos que a transição seja realizada de forma amigável e republicana, colocando em primeiro lugar os interesses da população de Estrela de Alagoas”, opinou.

Roberto Wanderley adiantou que as prioridades da futura gestão são a manutenção dos serviços essenciais e o cumprimento das bandeiras de campanha: construção de creches, novas escolas, centro de saúde 24 horas e programas sociais.

“É natural e fundamental que o gestor tenha conhecimento detalhado das informações de todas as áreas da administração. Nesse primeiro momento, vamos nos debruçar em colher as informações e planejar o início da nova gestão”.

Questionado sobre a possibilidade de fazer auditorias nas contas, prática comum adotada por gestores de outros grupos políticos quando assumem a administração, ele disse que, inicialmente, o propósito é receber as informações da prefeitura.

Nesta semana, o sobrinho de Roberto Wanderley, o prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley (MDB), esteve em Brasília e gravou um vídeo ao lado do Ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). No material, o senador prometeu enviar recursos para Estrela de Alagoas para construção de uma unidade de saúde com funcionamento 24 horas.

“Só peço que a prefeitura organize o projeto e envie o quanto antes para Brasília. Eu, o senador Renan e o deputado Isnaldo Bulhões Júnior vamos mandar recursos suficientes para realizar esse sonho e muitos outros que conseguiremos tirar do papel”.

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