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Reunião de emergência

Europa deve aumentar gastos militares contra ameaça da Rússia

Líderes europeus se reuniram ontem para discutir a guerra na Ucrânia e ameaça expansionista de Putin

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Imagem ilustrativa da imagem Europa deve aumentar gastos militares contra ameaça da Rússia
| Foto: — Foto: Reprodução | Instagram

Líderes europeus afirmaram ontem que o continente precisa aumentar o gasto militar para se proteger da ameaça expansionista da Rússia. Diversos chefes de Estado se reuniram em Paris em uma reunião de emergência para discutir a guerra da Ucrânia e um maior alinhamento entre EUA e Moscou.

“A Rússia está ameaçando toda a Europa agora, infelizmente”, disse a primeiro-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, aos repórteres.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que deve haver um compromisso de segurança dos EUA para que os países europeus enviem forças de paz após um eventual fim da guerra para a Ucrânia e que era muito cedo para dizer quantos soldados britânicos ele estaria disposto a mobilizar.

“A Europa deve desempenhar seu papel, e estou preparado para considerar enviar forças britânicas no solo junto com outras, se houver um acordo de paz duradouro, mas deve haver um apoio dos EUA, porque uma garantia de segurança dos EUA é a única maneira de efetivamente dissuadir a Rússia de atacar a Ucrânia novamente”, disse Starmer aos repórteres.

Donald Tusk, premiê da Polônia, também defendeu um aumento de gastos em Defesa e por uma ação de garantia de paz na Ucrânia com a chancela da Otan, a aliança militar do Ocidente.

ENCONTRO DE EMERGÊNCIA

A reunião de ontem foi convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, diante dos últimos acontecimentos envolvendo o conflito:

Na quarta-feira (12), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que conversou com o líder russo Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia.

No mesmo dia, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que é improvável que a Ucrânia recupere todo o território que controlava em 2014, quando a Crimeia foi anexada pela Rússia.

A Ucrânia e líderes europeus passaram a desconfiar que os Estados Unidos poderiam negociar um acordo de paz com a Rússia sem a participação do governo ucraniano.

Na quinta-feira (13), Trump declarou que a Ucrânia teria “um lugar à mesa” nas negociações para o fim do conflito.

O presidente americano também chegou a anunciar um encontro entre autoridades dos Estados Unidos, Ucrânia e Rússia na Alemanha, na sexta-feira (14). No entanto, o governo ucraniano afirmou que não conversaria com os russos antes de traçar um plano com seus aliados.

Os Estados Unidos sugeriram que a Europa poderia não ter um papel ativo nas negociações para o fim da guerra na Ucrânia, o que gerou preocupações entre os líderes europeus. Além disso, há receio de que um possível acordo favoreça a Rússia.

Especialistas militares europeus alertam que concessões excessivas a Moscou, como a entrega de territórios ucranianos, colocariam a segurança do continente em risco.

Dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), também causou incômodo o fato de Trump ter ligado para Putin sem antes discutir um plano de paz com os aliados europeus.

Ao mesmo tempo, reuniões anteriores da União Europeia revelaram divergências internas sobre a formulação de um plano coeso para conter Putin e garantir a segurança da Ucrânia.

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