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91 anos ao seu lado

A Gazeta e seus leitores: parceria de quase um século

Entre tradição e modernidade, matutino segue conquistando públicos de todas as idades

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Dona Maria Salete, assinante da Gazeta, diz que jornal é companhia diária
Dona Maria Salete, assinante da Gazeta, diz que jornal é companhia diária | Foto: @Ailton Cruz

Ao longo dos 91 anos de existência, a Gazeta conquistou leitores em todas as regiões de Alagoas, construindo uma relação de confiança e credibilidade que atravessa gerações. São pessoas como Daniel Quintela, que há 68 anos herdou do pai o hábito de ler o periódico. Ou como José Everaldo, que hoje tem 71 anos, mas desde os 14 acompanha cada notícia publicada no veículo pioneiro da Organização Arnon de Mello (OAM). E como Sérgio Mendes da Silva Filho, que tem 31 anos e, mesmo na era digital, cultiva o hábito de ler o impresso, como um ritual necessário para começar o dia bem.

A conexão entre a Gazeta e seus leitores se confunde com a própria história de Alagoas, do Brasil e do mundo. Por quase um século, acontecimentos marcantes transformaram a sociedade. A 2ª Guerra Mundial, a Guerra Fria, a queda do Muro de Berlim, as primeiras eleições diretas, o lançamento do Real como moeda oficial, eventos da política alagoana e personagens que marcaram a cultura do estado são alguns dos marcos registrados com compromisso, profissionalismo e credibilidade nas páginas do veículo ao longo das décadas.

Leitores de todas as idades continuam interessados no veículo de maior credibilidade de Alagoas
Leitores de todas as idades continuam interessados no veículo de maior credibilidade de Alagoas | Foto: @Ailton Cruz

Foi aos 14 anos que o professor aposentado de Santana do Ipanema, José Everaldo de Oliveira, conheceu a Gazeta. Ele morava em uma fazenda e já observava, de longe, o ônibus da antiga Progresso se aproximando com os exemplares do periódico. O destino das principais notícias do dia era Delmiro Gouveia, no Alto Sertão de Alagoas, mas a fazenda onde Everaldo morava era parada obrigatória. “Eu parava o ônibus e comprava a Gazeta”, relembra.

O que ele percebe hoje, 57 anos depois, mas que na adolescência ainda não compreendia, era que aquele simples hábito despertaria sua paixão pela leitura. “Vejo a Gazeta de Alagoas como um marco da comunicação alagoana. Eu mesmo devo muito ao periódico por todo conhecimento que adquiri desde os meus 14 anos”, afirma.

TRADIÇÃO E INFLUÊNCIA FAMILIAR

Gazeta em versão digital sai de terça a sexta; aos fins de semana, veículo tem edição especial, impressa e online
Gazeta em versão digital sai de terça a sexta; aos fins de semana, veículo tem edição especial, impressa e online | Foto: @Ailton Cruz

O advogado Daniel Quintela Brandão, hoje com 78 anos, era apenas uma criança quando teve seu primeiro contato com a Gazeta de Alagoas. Seu pai, Rivadavia Carnaúba Brandão, lia o impresso diariamente e o deixava pela casa, como um companheiro diário da família. Com dez anos, Daniel passou a se interessar pelos conteúdos infantis e pelas notícias mais relevantes do cotidiano.

Desde então, já são 68 anos de leitura assídua. O advogado destaca que a Gazeta influenciou sua família, que sempre acompanhou as notícias sobre política alagoana e nacional, economia e esportes. “Como eu e minha esposa gostamos muito de cinema, verificar a programação dos cinemas na Gazeta era quase um ritual diário”, relembra. Mas sua leitura não se limitava às páginas de entretenimento.

Gazeta vem transformando seu conteúdo, que se torna cada vez mais analítico e especial
Gazeta vem transformando seu conteúdo, que se torna cada vez mais analítico e especial | Foto: @Ailton Cruz

“A Gazeta sempre foi o melhor veículo de informação de Alagoas. Acompanhava não só os acontecimentos do mundo, mas também as artes, literatura e espaço para crônicas. Entre os colunistas, gostava muito de ler os textos da ex-presidente da Aliança Francesa, Dona Lysete Lyra”, pontua.

Daniel reconhece a importância da evolução digital, mas continua confiando no formato impresso como sua principal fonte de informação.

“A Gazeta de Alagoas foi essencial para a informação e a cultura dos alagoanos ao longo dos seus 91 anos de existência”, conclui.

TRADIÇÃO E MODERNIDADE

Maceió, 20 de fevereiro de 2025

Maria Salete - assinante da Gazeta de Alagoas.

Foto:@Ailton Cruz
Maceió, 20 de fevereiro de 2025 Maria Salete - assinante da Gazeta de Alagoas. Foto:@Ailton Cruz | Foto: Ailton Cruz

Por quase meio século, a professora aposentada Maria Salete Souza, de 63 anos, mantém o hábito de acompanhar a Gazeta de Alagoas, tradição que começou em 1978 com incentivo de seu marido. “Tomei gosto”, diz ela.

Diariamente, antes do pilates, Salete se informa pela Gazeta Digital. Aos fins de semana, prefere manusear o impresso. “A Gazeta sempre foi pioneira. Tudo que acontece em Alagoas, ela registra primeiro”, afirma.

Para Salete, a evolução tecnológica transformou a forma como o conteúdo é consumido, tornando-o ainda mais ágil e acessível. “As notícias chegam mais rápido. O digital possibilita a leitura de qualquer lugar. Hoje mesmo, estou na correria, mas assim que parar, vou ler a Gazeta no celular, com calma”, conta. Ela reforça que o periódico é um patrimônio da comunicação alagoana. “A Gazeta foi pioneira e evoluiu ao longo do tempo”, destaca.

De pai para filho: tradição encontra inovação da Gazeta, que segue se renovando
De pai para filho: tradição encontra inovação da Gazeta, que segue se renovando | Foto: @Ailton Cruz

Sérgio Mendes da Silva Filho cresceu em meio ao avanço tecnológico nos meios de comunicação. No entanto, há um ano, optou por assinar a Gazeta de Alagoas. “Poucos veículos cobrem a política alagoana como a Gazeta. Isso influenciou minha decisão”, explica ele, que é professor e servidor da Caixa Econômica.

A escolha pelo impresso, em vez dos formatos digitais, está diretamente ligada ao bem-estar mental. “O uso excessivo de telas pode ser prejudicial. Reduzir esse consumo e optar pela leitura no papel é importante para nossa saúde mental. Continuem fazendo um bom trabalho”, reforça.

Para Sérgio, a Gazeta de Alagoas é um patrimônio cultural do Estado. “É um bem da cultura alagoana, um veículo de informação tradicional que já se incorporou à nossa identidade”, finaliza.

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