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Anti-Oruam

Vereador propõe restrições a shows que fazem apologia ao crime em Maceió

Proposta visa assegurar que o dinheiro público seja investido de forma responsável

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Vereador propõe restrições a shows que fazem apologia ao crime em Maceió
Vereador propõe restrições a shows que fazem apologia ao crime em Maceió | Foto: Divulgação

O vereador por Maceió Delegado Thiago Prado (PP) apresentou um projeto de lei que pretende proibir apresentações artísticas e culturais que enaltecem o crime organizado e o tráfico de drogas em eventos financiados com recursos públicos no município de Maceió.

Denominada Lei Anti-Oruam, a proposta visa assegurar que o dinheiro público seja investido de forma responsável e alinhada com as políticas de segurança e ordem social.

"Não podemos permitir que, enquanto combatemos o crime organizado nas ruas, o poder público financie artistas que enaltecem essa realidade. Essa contradição precisa acabar", destacou Thiago Prado.

O que diz o projeto?

A lei estabelece que eventos culturais custeados por recursos públicos, seja de forma direta ou indireta, não poderão contar com atrações que façam apologia ao crime.

A justificativa do projeto enfatiza que a exaltação de facções criminosas contribui para a banalização da violência e pode influenciar negativamente crianças, adolescentes e jovens.

"O crime organizado e o tráfico de drogas são problemas graves que impactam diretamente a segurança da população maceioense. Permitir que eventos artísticos glorifiquem essas práticas usando recursos públicos vai contra os esforços das forças de segurança e da sociedade para combater a criminalidade", afirmou o vereador.

Origem do nome e tramitação do projeto

O nome da lei faz referência ao rapper Oruam, filho de Marcinho VP, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho.

O projeto de lei segue para análise e votação na Câmara Municipal de Maceió. Caso seja aprovado, eventos financiados com dinheiro público terão regras mais rígidas na escolha das atrações.

Imagem ilustrativa da imagem Vereador propõe restrições a shows que fazem apologia ao crime em Maceió
| Foto: Divulgação

Prisão

O rapper Oruam, mais uma vez ganhou o noticiário nacional essa semana, ao ser detido no Rio de Janeiro por realizar manobras perigosas e dirigir na contramão em frente a uma viatura da Polícia Militar. Após ser levado à delegacia, ele pagou fiança de R$ 60 mil e foi liberado.

No mesmo dia, Oruan publicou sobre seu novo álbum nas redes sociais, sem mencionar a prisão. A ação do rapper gerou debates sobre o uso de infrações para autopromoção, destacando a necessidade de penas mais rígidas.

De acordo com informações obtidas junto a fontes policiais, Oruam dirigia seu veículo quando foi abordado em uma blitz. No entanto, em vez de parar, o rapper teria tentado escapar dirigindo na contramão, colocando em risco pedestres e outros motoristas. A PM prontamente reagiu, bloqueando a via e efetuando a detenção do artista.

Registros em vídeo que circulam nas redes sociais mostram o momento exato em que Oruam é colocado dentro do camburão. A cena atraiu uma multidão de fãs e moradores da região, que acompanharam a ação policial de perto. Para dispersar os curiosos, os policiais utilizaram spray de pimenta, causando ainda mais tumulto na orla da Barra da Tijuca.

A assessoria de comunicação do rapper se pronunciou sobre o caso, afirmando que Oruam foi encaminhado à 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) e que ele "apenas foi parado em uma blitz". No entanto, as imagens e relatos dos presentes sugerem que a situação foi mais complexa do que um simples procedimento de fiscalização de trânsito.

Quem é Oruam?

Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, tem se destacado no cenário do rap nacional. Seu nome artístico é um anagrama de seu próprio nome, escrito ao contrário. O cantor é dono do hit "Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim", uma das músicas mais ouvidas no Brasil no Spotify.

Apesar do sucesso meteórico, Oruam também enfrenta controvérsias. Seu nome foi envolvido em discussões políticas recentemente, com projetos de lei sendo propostos para impedir a contratação de artistas e eventos que possam, supostamente, promover apologia ao crime. Seu histórico familiar também gera polêmicas: Oruam é filho de Marcinho VP, figura conhecida no Comando Vermelho, e possui tatuagens em homenagem a seu pai e a Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

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