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Projeto da Codevasf tamb�m irriga o Sert�o

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ROBERTO VILANOVA Petrolândia (PE) – A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) também está encarregada da construção de um canal para irrigar o semi-árido alagoano – e que segue o mesmo trajeto do Canal do Sertão. O projeto da Codevasf fixa a tomada d’água na barragem de Itaparica, em Petrolândia-PE, no lugar do Moxotó, e vai irrigar também terras de quatro municípios pernambucanos. O projeto da Codevasf choca-se com o Canal do Sertão e é outro motivo que alimenta a desconfiança dos sertanejos. O agrônomo José de Anchieta, com escritório de consultoria em Petrolândia, defende o projeto da Codevasf por ser mais abrangente. Ele não conhece o projeto do Canal do Sertão, mas teme que a barragem do Moxotó não atenda à demanda de água. “O Moxotó era um rio periódico e que foi perenizado próximo à foz, graças as barragens de Itaparica. É temerário apostar que o Moxotó vai suprir de água o projeto”, advertiu. Impasse O próprio governo de Alagoas entregou o projeto do Canal do Sertão à Codevasf e é isto o que consta na Agência Nacional de Águas (ANA). Mas o senador Renan Calheiros, em entrevista ao repórter Marcelo Lima, da Rádio Delmiro FM, na quinta-feira, 11, pela manhã, adiantou que o Canal do Sertão levará três anos para ser concluído. Isto quer dizer que o projeto alagoano retornou à origem – ou seja, à proposta do então governador Geraldo Bulhões, em 1994 – e que será tocado independentemente do projeto da Codevasf. “Eu não acredito que o governo federal vai financiar dois projetos que têm a mesma finalidade”, tornou a advertir o agrônomo Anchieta. Para ele, o que deve acontecer é que o Canal do Sertão servirá de reforço ao projeto da Codevasf, dividindo o consumo de água com Itaparica. Em Delmiro Gouveia, o fazendeiro Genivaldo Ferro, que tem terras na área do canal e será um dos beneficiados, lembra que até o presidente da República, quando visitou a cidade, tratou sobre o Canal do Sertão. Embora defendam o projeto, o agrônomo e o fazendeiro preferem aguardar o término das eleições. “Se depois das eleições a obra não for paralisada, aí eu acredito”, disse Genivaldo.

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