Fim da trégua
Trump anuncia apoio ao ataque de Israel a Gaza: ‘As portas do inferno se abrirão’
Ação militar deixou mais de 400 mortos, incluindo chefe do governo do Hamas


O governo de Donald Trump anunciou no Conselho de Segurança que apoia os ataques de Israel contra Gaza e insiste que, para que volte a existir uma negociação, o Hamas precisa liberar todos os 59 reféns mantidos pelo grupo palestino.
A Casa Branca sinalizou que deu seu aval aos ataques que fizeram pelo menos 400 mortos e que irá “apoiar” os próximos passos que Israel optar tomar.
Numa declaração feita na ONU, a delegação americana foi explícita: “A culpa é do Hamas”. “O grupo terrorista se recusou a aceitar as propostas de negociação, inclusive para que amplie um cessar-fogo para que haja um acordo permanente”, afirmou a diplomacia americana.
Segundo a Casa Branca, o Hamas “prefere se esconder atrás da população”.srael anunciou que conseguiu matar o chefe de governo do Hamas durante a ofensiva realizada desde a noite dessa terça-feira (18).
Em um comunicado oficial divulgado pelas Forças de Defesa israelenses ontem, o Exército afirmou que Essam al-Da’alis era responsável pelo funcionamento do regime terrorista do Hamas em Gaza e supervisionava a integração de todos os ramos do grupo na região para fins terroristas.
“Ao longo do último dia, a IDF atacou dezenas de alvos terroristas e terroristas em toda a Faixa de Gaza, incluindo membros de nível intermediário e alto do Escritório Político do Hamas. Os ataques foram conduzidos para enfraquecer as capacidades governamentais e militares do Hamas e remover ameaças ao Estado de Israel e seus cidadãos”, afirma o comunicado.
Ainda de acordo com o texto, mais três membros do Hamas têm “alta probabilidade” de também estarem mortos.
Mahmoud Marzouk Ahmed Abu-Watfa, que servia como Ministro de Assuntos Internos e era responsável pelas Forças de Segurança Interna do Hamas, utilizadas para fins terroristas.
Bahajat Hassan Mohammed Abu-Sultan, que servia como chefe das Forças de Segurança Interna do Hamas, também utilizadas para fins terroristas.
Ahmed Amar Abdullah Alhata, que servia como Ministro da Justiça do Hamas, cargo que explorava para fins terroristas.
A OFENSIVA DE ISRAEL
Após retomar bombardeios na Faixa de Gaza na noite de segunda-feira (17), as Forças Armadas de Israel disseram ter feito novos ataques ao território palestino e afirmaram que a ofensiva continuará de forma permanente.
Os ataques romperam com a trégua em vigor entre Israel e Hamas desde janeiro e deixaram 413 mortos e 660 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Em comunicado ontem manhã, as forças israelenses afirmaram que “continuavam a atacar alvos pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica (outro grupo extremista que atua na Faixa de Gaza)”.
O documento não informa em que locais da Faixa de Gaza ocorreram os bombardeios desta terça, mas afirma que os alvos atingidos “nas últimas horas” incluíam células militantes, estoques de armas e infraestruturas militares usadas pelo Hamas “para planejar e executar ataques contra civis israelenses e soldados das IDF”.
Tanques israelenses também foram vistos posicionados na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, indicando que, além dos ataques aéreos, as incursões por terra no território palestino também podem ser retomadas.