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Lagoa da Anta: Câmara promove audiência hoje para avaliar construção de megatorres

Sessão está marcada para as 10h desta sexta-feira (21), na sede do Poder Legislativo, em Jaraguá

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Vereadores vão discutir possíveis impactos socioambientais e econômicos decorrentes do projeto
Vereadores vão discutir possíveis impactos socioambientais e econômicos decorrentes do projeto | Foto: Ascom CMM

Após a Assembleia Legislativa, agora será a vez da Câmara Municipal de Maceió promover uma audiência pública para debater os possíveis impactos ambientais, socioeconômicos e de mobilidade urbana decorrentes da eventual construção de cinco megatorres na região da Lagoa da Anta, no bairro de Jatiúca. A sessão está marcada para as 10h desta sexta-feira (21), no auditório Silvanio Barbosa, na sede do Poder Legislativo, no Jaraguá.

A audiência foi convocada a pedido do vereador Allan Pierre, líder do MDB na Câmara, que destacou a importância de envolver a sociedade e diversos órgãos no debate sobre o futuro do local. A expectativa é que a construtora responsável pelo projeto apresente detalhes do empreendimento, incluindo seu impacto na região e o cumprimento das normas ambientais.

O debate deve contar com a presença de representantes de diversos órgãos públicos, instituições, entidades da sociedade civil organizada e a construtora responsável, além de representantes dos ministérios Público Estadual e Federal, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e a Marinha do Brasil.

O vereador Allan Pierre se mostrou otimista quanto à audiência, destacando o grande interesse da sociedade e dos órgãos envolvidos neste tema. “A expectativa é muito boa. Muitos órgãos confirmando presença, muitas entidades de classe também. A construtora avisou que mandará representante. São muitos vereadores interessados em participar e, por isso, esperamos um grande público da sociedade civil”, afirmou.

Pierre ainda ressaltou o foco da discussão: “O que eu pretendo construir com esse debate é que esse projeto não comprometa a biodiversidade, o equilíbrio biológico e o direito da população de usufruir do espaço público. O desenvolvimento econômico precisa acontecer, mas sempre com respeito ao meio ambiente e ao patrimônio que temos na Lagoa da Anta”, completou.

O tema ganhou repercussão tanto na imprensa quanto entre os cidadãos, especialmente após o interesse da Construtora Record em adquirir o Hotel Jatiúca, o que gerou um aumento no debate sobre a viabilidade e os impactos desse projeto. Representantes da Comissão de Assuntos Urbanos adiantaram que a construção pode trazer riscos como a impermeabilização do solo, aumento no trânsito e danos ao lençol freático, além de questionamentos sobre a preservação da área.

O impacto sobre o meio ambiente e a mobilidade urbana da Lagoa da Anta é um tema sensível, que levanta discussões sobre a necessidade de atualizar o Plano Diretor da cidade, defasado há mais de 20 anos. A comissão enfatiza a importância de que o projeto atenda a todos os requisitos legais e ambientais, garantindo o direito dos maceioenses ao lazer e à preservação do patrimônio natural e turístico da região.

A audiência pública estava inicialmente agendada para o dia 17 de março, mas foi remarcada para esta sexta-feira para atender a uma demanda dos órgãos convidados, assegurando a presença de mais secretarias e entidades envolvidas, o que enriquecerá o debate e proporcionará uma análise mais aprofundada do projeto.

Este debate segue o mesmo caminho de uma audiência promovida pela Assembleia Legislativa de Alagoas no dia 11 de março, que também discutiu a preservação da Lagoa da Anta, com destaque para a importância de atualizar o Plano Diretor de Maceió e as implicações do projeto para o meio ambiente e o urbanismo da cidade.

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