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Saneamento é caminho para mais saúde e produtividade em AL, mostra estudo

Material encomendado pela OAM estabelece que acesso à água tratada trará maior qualidade de vida

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Presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, durante o Gazeta Summit Água
Presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, durante o Gazeta Summit Água | Foto: Felipe Sóstenes

Encomendado com exclusividade pela Organização Arnon de Mello (OAM), o estudo “Benefícios Econômicos da Expansão Saneamento em Alagoas” demonstra que a universalização do saneamento trará uma mudança geracional ao Estado. É esperado que essa universalização seja alcançada até 2040, prazo máximo para a implantação estabelecida no Marco Legal do Saneamento Básico.

O material, elaborado pelo Instituto Trata Brasil, foi apresentado ontem durante o Gazeta Summit Água, no Centro de Convenções de Maceió. O estudo será publicado na íntegra nas edições dos dias 5 e 12 de abril da Gazeta de Alagoas.

Essa mudança geracional, explica a presidente-executiva do Instituto, Luana Siewert Pretto, será promovida uma vez que a água tratada esteja disponível para todos os cidadãos alagoanos.

“Nosso objetivo é ver a criançada feliz, brincando na água que não está contaminada, tendo água para todo mundo. Esse é o objetivo de todos”, diz.

Luana garante que esse é um desafio grande, mas necessário. “Esses benefícios são enormes. Cada real investido, cada mudança na vida das pessoas, cada esforço que fizermos, vai realmente transformar a realidade dos alagoanos”.

Estão entre os benefícios a diminuição da ausência de estudantes e trabalhadores por causa de diarreia, vômito ou doenças respiratórias, por exemplo. E também haverá a diminuição de internações por infecções gastrointestinais na rede hospitalar do SUS.

Segundo ela, as ondas de calor e a seca também são motivos que devem ser levados em consideração, já que podem levar a eventos climáticos extremos nos próximos anos.

“Esses eventos trazem uma maior necessidade do abastecimento de água, precisando de estações de tratamento de água mais resilientes. Se não avançarmos nesse sentido, teremos mais poluição nos rios e dificuldade de tratamento, o que fará com que a pessoa sofra mais nesses eventos.”

De acordo com o pesquisador Fernando Garcia, o saneamento está ligado à saúde, qualidade de vida, mercado de trabalho, produtividade e educação. “Uma camelô, se fica com diarreia, por exemplo, por falta de esgoto tratado, fica afastada uma semana de seu trabalho. Como ela é autônoma, fica uma semana sem receber, ou seja, sem 25% de sua renda. Isso impacta imediatamente o bem-estar da família, que depende desse recurso”.

Esse tipo de patologia, salienta, diminui a produtividade do trabalhador e torna a progressão do profissional menor, o que também será um impeditivo para o seu crescimento pessoal.

“As doenças causam ausência na escola. Crianças que não têm acesso a água tratada tem um desempenho escolar pior, o que dificultará para conseguir emprego e de manter esse emprego. A progressão na vida, sem o saneamento, é estancada já na infância. É isso que não queremos que aconteça”, complementa.

Essa universalização deve gerar pelo menos 13 mil novos postos de emprego, além de um ganho social de R$ 13 bilhões, considerando investimentos e benefícios diretos, como redução de custos com saúde, aumento da produtividade, valorização imobiliária e turismo.

“As gerações que nascem e crescem com saneamento têm qualidade de vida maior, sendo mais produtivas e alcançando todo o potencial que lhes é devido”, estabelece Garcia.

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