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Fusões partidárias redesenham cenário político para 2026

Superfederação União Progressista já reúne 5 deputados federais, 7 deputados estaduais e mais de 20 prefeitos em AL

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Em Alagoas, federação que une Progressistas e União Brasil deverá ser presidida pelo deputado federal Arthur Lira
Em Alagoas, federação que une Progressistas e União Brasil deverá ser presidida pelo deputado federal Arthur Lira | Foto: Câmara dos Deputados

O tabuleiro político brasileiro está em reconfiguração acelerada com o anúncio de duas movimentações de peso que devem impactar diretamente as eleições de 2026: a criação da federação União Progressista, juntando União Brasil e Progressistas (PP), e a fusão entre PSDB e Podemos, que dará origem a um novo partido.

Resultado de intensas negociações nacionais e locais, a União Progressista já nasce como a maior força política do País em números absolutos: 109 deputados federais, 13 senadores, 6 governadores e 1.336 prefeituras. Além disso, terá direito à maior fatia do fundo eleitoral e partidário em 2026 — quase R$ 1 bilhão.

Em Alagoas, o bloco já reúne cinco deputados federais – Arthur Lira, Marx Beltrão, Fábio Costa, Alfredo Gaspar e Daniel Barbosa – , sete deputados estaduais – Ângela Garrote, Leonam Pinheiro, Chico Tenório, Gabi Gonçalves, Lelo Maia, Mesaque Padilha e Rose Davino –, além de mais de 20 prefeitos.

“A federação União Progressista nasce grande, com o sentimento e o dever de trabalhar intensamente por um Brasil mais desenvolvido e mais justo. Nossa Federação contará com todo meu apoio e com toda minha força de trabalho, rumo a ofertar os melhores quadros em prol de uma gestão pública eficiente, comprometida e transparente. Estamos todos do União Brasil e todos do Progressistas unidos por este ideal”, disse o deputado Arthur Lira, que deve assumir a presidência estadual do bloco.

Apesar da grandiosidade numérica, internamente ainda há divergências regionais, especialmente sobre a divisão de comando nos estados e nos municípios.

O deputado estadual Mesaque Padilha (União Brasil) diz que as federações são importantes e necessárias para fortalecer os partidos na disputa das eleições, mas que as decisões nesse sentido virão de Brasília.

“Por isso, vou aguardar como se dará a composição e as discussões no âmbito local. Eu sou um parlamentar de direita, com posições firmes e princípios conservadores. Por isso, só fico em um partido que esteja alinhado com isso. Não sou extremista e tenho uma voz equilibrada, ao ponto de conseguir dialogar, aqui, com o governador do Estado e com o município de Maceió, mesmo com eles tendo visões ideológicas divergentes. Está cedo para falar sobre esta composição e, até 2026, quando a janela partidária abrir, eu decido qual será o meu posicionamento”, ressaltou.

Outro aliado, o vereador por Maceió Thiago Prado (PP) vê a fusão como essencial para a direita. “Haverá grande fortalecimento, não só na Câmara dos Deputados, mas em todo o País. Dessa forma uniremos forças para garantir a ordem e o bem-estar do cidadão brasileiro”.

Já o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil) reforçou sua independência. “Minha trajetória sempre foi pautada pela justiça, pelo combate à corrupção e violência, além da busca do bem das pessoas. Continuarei sendo oposição consciente ao governo federal, fiscalizando suas ações e denunciando qualquer forma de corrupção, desvio de dinheiro ou descaso com a população. Minha atuação será sempre guiada pela independência e pela coerência com os valores que acredito”.

SOBREVIVÊNCIA

Em outra frente, a fusão entre PSDB e Podemos vem sendo gestada como resposta à crise enfrentada pelo tucanato, que viu sua bancada encolher drasticamente desde 2022. A nova legenda — provisoriamente chamada de “PSDB+Podemos” — poderá chegar com 28 deputados federais, sete senadores, três governadores e mais de 400 prefeituras.

Em Alagoas, a fusão tende a consolidar uma reaproximação entre o ex-governador Teotônio Vilela Filho e o atual vice-prefeito de Maceió, Rodrigo Cunha, que preside o Podemos estadual. Cunha defende a proposta. “Fortalece o centro democrático e busca construir uma alternativa sólida para o Brasil, com diálogo, responsabilidade e compromisso com o futuro.” O PSDB fez um prefeito nas eleições de 2024 (o de Quebrangulo).

Já o vereador por Maceió Samyr Malta (Podemos), vê a fusão como natural. “É uma tendência. Aqui em Alagoas, não acredito que haverá problemas. Vilela e Cunha se entendem”.

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