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Nº 5905
Política

Juiz � suspeito de beneficiar quadrilha

Enquanto Alagoas assiste a acusação de que o juiz Rivoldo Sarmento teria participação direta em um esquema de corrupção eleitoral no Litoral Norte do Estado, um outro escândalo permanecia escondido sob a proteção do segredo de justiça e que deverá vir à t

Por | Edição do dia 26/10/2008 - Matéria atualizada em 26/10/2008 às 00h00

Enquanto Alagoas assiste a acusação de que o juiz Rivoldo Sarmento teria participação direta em um esquema de corrupção eleitoral no Litoral Norte do Estado, um outro escândalo permanecia escondido sob a proteção do segredo de justiça e que deverá vir à tona nas próximas semanas. Apesar de se dizer vítima de uma fraude, os atos jurídicos de Pedro Jorge Melro Cansanção estão sob suspeita de terem beneficiado uma suposta quadrilha que teria “montado” uma ação e bloqueado R$ 3,6 milhões da Universidade Regional da Bahia Ltda (Unirb), quando ele respondeu como juiz substituto da Comarca de Matriz do Camaragibe. O processo administrativo e disciplinar contra o magistrado foi aberto no último dia 30 de setembro, por unanimidade dos oito desembargadores presentes à sessão administrativa do TJ. Mas as informações sobre o caso só puderam ser reveladas à Gazeta na última quarta-feira (22), quando a principal vítima do esquema mostrou os autos do processo com exclusividade para a reportagem. ### Mentor do esquema é bispo na Bahia O suposto esquema teria como mentor o bispo da Igreja Batista Caminho das Árvores, o advogado Átila Brandão de Oliveira, que ficou em terceiro lugar na última disputa pelo governo da Bahia, nas eleições de 2006 e é reitor da Faculdade Batista Brasileira (FBB). De acordo com o proprietário da Unirb, Carlos Joel Pereira, Átila coordenou secretamente os advogados envolvidos no processo e tinha o objetivo de assumir o comando das finanças da universidade. “O que se extrai dessa situação é que havia um conluio montado pelo pastor Átila para seu benefício. Ele achava que, a partir da liminar, ele iria se apropriar da estrutura da instituição, do fluxo do caixa e, automaticamente, dos recursos que entrariam no orçamento da instituição . A partir daí, ninguém sabe o que aconteceria. Um indício disso é que a liminar chegou lá para ser cumprida no início do mês, quando o fluxo de caixa da instituição aumenta”, afirmou Joel. ### Para Hollanda, juiz agiu ilegalmente Apesar de ainda aguardar a decisão dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) sobre sua conduta no processo que bloqueou R$ 3,6 milhões da Universidade Regional da Bahia Ltda. (Unirb), o juiz Pedro Jorge Cansanção já tem a idéia de qual é o pensamento de pelo menos um dos desembargadores que decidirão o seu destino no Poder Judiciário. Ao determinar a revogação da liminar do magistrado, em 7 de janeiro deste ano, o presidente do TJ, José de Hollanda Ferreira, considerou a tramitação do processo como sendo “teratológica”, ou seja, comparável a uma monstruosidade. Os motivos são: o juízo sobre processo em foro incompetente, a desconsideração da declaração de ausência de autoria da suposta autora, a presença de um comprovante de residência falsificado – sem ter sido checado. ///

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