Articulação
PSD quer repetir sucesso de 2022 em Alagoas sob o comando de Luciano Amaral
Partido conta com apoio das principais lideranças do Estado e tem papel estratégico na articulação política


De partido de apoio a protagonista. Essa é a meta do PSD em Alagoas, agora sob o comando do deputado federal Luciano Amaral. A sigla, que cresceu 35% nas eleições de 2022 e elegeu 887 prefeitos no País, se prepara para repetir a performance em 2026, com apoio das principais lideranças do Estado e papel estratégico na articulação política liderada por Paulo Dantas e Marcelo Victor.
Luciano Amaral foi eleito pelo PV, mas oficializou sua filiação ao PSD em uma concorrida solenidade em Brasília, na quarta-feira (7). A transição, articulada pelo Governador Paulo Dantas (MDB) com aval do Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor (MDB), visa estruturar uma chapa proporcional capaz de manter a maioria na ALE e ampliar para até quatro deputados federais.
Com perfil discreto, Amaral sabe do peso da missão que recebeu. “Escolhemos o partido que mais cresce no País, que dialoga, entende as divergências e que tem dado a governabilidade ao País. Quero agradecer ao Governador Paulo Dantas e ao Presidente da ALE, Marcelo Victor, pela confiança. E muito me honra representá-los e a nossas alianças políticas”, afirmou o novo presidente do PSD em Alagoas.
A articulação com o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, foi fortalecida também pelo deputado federal Antônio Brito, líder do PSD na Câmara. Amaral vinha participando de reuniões da legenda havia semanas e ressaltou a acolhida e o compromisso coletivo de fazer o partido crescer no Estado.
“Assumo o PSD com muita responsabilidade e todos nós sabemos dos nossos compromissos políticos. Sabemos do nosso desafio, mas também temos a convicção de que com trabalho, esforço e união iremos levar o PSD a ser um grande partido em Alagoas”, reforçou.
BASE FORTE
O PSD já integra a base governista em Alagoas desde as eleições de 2022. No segundo turno, subiu no palanque de Paulo Dantas após a desistência do então candidato Rui Palmeira, hoje vereador em Maceió. O apoio rendeu espaço no governo e, agora, uma nova projeção: ser a segunda força partidária do estado.
A legenda, que não se define nem como de esquerda nem de direita, aposta na pluralidade para atrair lideranças e evitar o risco da “chapa da morte”. Com estrutura, fundo eleitoral robusto e autonomia regional, o PSD deve repetir o modelo de 2022 que garantiu protagonismo nacional e a segunda maior bancada de prefeitos eleitos.
Para o senador Renan Calheiros (MDB), o PSD tem potencial de indicar o segundo nome ao Senado na chapa majoritária. Embora não haja especulações formais, a legenda pode vir a compor com o MDB para consolidar a reeleição do senador.
PROJEÇÃO FUTURA
Ao lado das principais lideranças do estado, incluindo o Governador Paulo Dantas e o Ministro Renan Filho, o deputado Amaral foi exaltado como um dos nomes em ascensão na política alagoana. “Luciano é correto, firme nos compromissos e tem potencial para acertar”, resumiu o Ministro.
O Presidente da Assembleia, Marcelo Victor, destacou o papel do PSD na governabilidade e a expectativa de eleger quatro federais. “O partido defende a democracia e sabe administrar divergências. Em Alagoas, temos condição de garantir seu crescimento e cumprir tudo o que foi acordado”, afirmou.
Com o PSB sob o comando indireto da família Dantas, a consolidação do PSD amplia ainda mais o espaço do grupo governista, que já comanda mais de 90 prefeituras no Estado. No horizonte, Paulo Dantas também projeta sua atuação pós-governo, podendo disputar vaga na Câmara ou até o Senado.