Funcionalismo
AL é o único estado a conceder reajuste em todos os anos da gestão
Com o aumento de 4,83% proposto para este ano, salários dos servidores acumulam crescimento de 25,68% desde 2022


A Assembleia Legislativa de Alagoas deve votar, nos próximos dias e em regime de urgência, o projeto de lei enviado pelo Governador Paulo Dantas que propõe reajuste salarial de 4,83% para os servidores públicos estaduais. O aumento, baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, terá efeito retroativo a maio e deve beneficiar cerca de 100 mil servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas dos três Poderes.
De acordo com a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom-AL), com esse novo reajuste, os servidores acumulam ganho salarial de 25,68% ao longo da atual gestão — o maior avanço consecutivo registrado desde que o IPCA passou a ser utilizado como referência, em 2011.
Ainda segundo a Secom, Alagoas é o único estado do País a garantir reajustes anuais durante toda a atual administração. “Esse equilíbrio fiscal permite ao Estado acessar repasses e linhas de crédito com juros mais baixos, o que viabiliza investimentos em áreas como saúde, infraestrutura e educação”, afirmou Paulo Dantas.
O índice proposto acompanha a média dos reajustes concedidos por outros estados do Nordeste: Piauí (5,3%), Ceará (5,8%), Paraíba (5%) e Rio Grande do Norte (4,83%). Pernambuco adotou percentuais distintos por categoria, com destaque para a Educação, que teve reajustes entre 6,2% e 8,3%. Sergipe, por sua vez, não deve conceder aumento este ano.
No cenário nacional, seis estados ainda não anunciaram reajustes e outros dois aplicaram índices abaixo da inflação. Minas Gerais e Paraná informaram que não concederão aumento. No Rio de Janeiro, Pará e Rio Grande do Sul, as negociações seguem em andamento. Tocantins (4,1%) e Espírito Santo (4,5%) estão entre os que concederam reajuste abaixo do IPCA.
Outros estados aplicaram índices semelhantes ou superiores ao de Alagoas: Goiás e Mato Grosso (4,83%), São Paulo, Acre e Mato Grosso do Sul (5%), Distrito Federal (6%) e Santa Catarina, que lidera o ranking com 7,2%, retroativo a janeiro.