loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sexta-feira, 06/06/2025 | Ano | Nº 5983
Maceió, AL
23° Tempo
Home > Política

Nem um nem outro

Pesquisa sobre 2026 mostra cansaço da polarização entre Lula e Bolsonaro

Para diretor do Quaest, rejeição ao governo começa a se transformar em rejeição eleitoral ao Presidente

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

De um lado, 66% dos entrevistados pela nova pesquisa Quaest acham que o presidente Lula não deveria ser candidato à reeleição; do outro lado, 65% dizem que Jair Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura — embora esteja inelegível até 2030 — e apoiar outro candidato.

“Há um outro recado claro nessa pesquisa: o cansaço da polarização Lula x Bolsonaro”, avalia Felipe Nunes, diretor da Quaest.

A pesquisa, divulgada ontem (5), mostra que o presidente Lula empata com Bolsonaro e outros quatro candidatos em cenários de um eventual segundo turno nas eleições de 2026.

Lula está tecnicamente empatado com: Jair Bolsonaro; Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo); a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; Ratinho Jr. (governador do Paraná); e Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul).

“O recado aqui é claro. Pela primeira vez, a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. Todos aparecem crescendo ou já empatados dentro da margem de erro com Lula”, afirma Nunes.

ALTERNATIVAS A BOLSONARO

Para Nunes, os nomes apontados como alternativas a Bolsonaro têm crescido porque vêm se tornando mais conhecidos. É o caso do governador paulista Tarcísio de Freitas, que está tecnicamente empatado com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, como principal alternativa a Bolsonaro.

“O desconhecimento do Tarcísio, por exemplo, saiu de 45% para 39% em 5 meses (-6). Caiado foi de 68% para 62% (-6), Ratinho, de 51% para 48% (-3), e Zema, de 62% para 60% (-2)”, afirma Nunes.

Conhecer os possíveis nomes alternativos a Bolsonaro é um dos fatores. A rejeição ao petismo e ao bolsonarismo é outro.

“Há também uma rejeição consolidada dos dois polos. Só de ser o anti-Lula o candidato já tem potencial de 40%. Assim como o candidato anti-Bolsonaro tende a ter potencial de 45%. O medo de que o outro lado vença, força uma escolha pela rejeição”, diz Nunes.

Relacionadas