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Projeto propõe que vítimas crianças e adolescentes sejam avisadas antes da soltura de agressores em AL

Proposta do deputado Lelo Maia determina comunicação prévia sobre decisões que flexibilizem medidas contra agressores

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Proposta do deputado Lelo Maia determina comunicação prévia sobre decisões que flexibilizem medidas contra agressores
Proposta do deputado Lelo Maia determina comunicação prévia sobre decisões que flexibilizem medidas contra agressores | Foto: ALE

Foi apresentado na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) um projeto de lei que obriga a comunicação prévia a crianças e adolescentes vítimas de violência – assim como a seus responsáveis legais e aos Conselhos Tutelares – sobre decisões judiciais que resultem na soltura de agressores ou na revogação de medidas protetivas. A proposta é de autoria do deputado estadual Lelo Maia (União Brasil) e foi protocolada no dia 27 de junho.

O texto estabelece que a informação deve ser repassada pela autoridade judicial responsável pela decisão, preferencialmente com antecedência mínima de 48 horas antes do relaxamento da medida privativa de liberdade ou da proteção anteriormente concedida.

A comunicação deverá ser feita por escrito, em meio físico ou eletrônico, aos pais ou responsáveis legais da vítima e, simultaneamente, ao Conselho Tutelar da localidade onde residem a vítima e o agressor.

De acordo com o projeto, o descumprimento injustificado dessa obrigação poderá acarretar responsabilização administrativa do agente público competente, sem prejuízo de eventuais sanções penais e cíveis.

Na justificativa, o deputado Lelo Maia argumenta que a iniciativa busca reforçar a rede de proteção infantojuvenil em Alagoas, diante da recorrência de casos de violência contra crianças e adolescentes no estado. Segundo ele, a comunicação antecipada permite que a família e os órgãos de proteção adotem medidas de segurança, evitando a revitimização e reduzindo riscos à integridade física, emocional e psicológica das vítimas.

“O Estado tem o dever constitucional de assegurar prioridade absoluta à criança e ao adolescente. Este projeto visa dar concretude a esse princípio, ampliando os mecanismos de proteção quando decisões judiciais modificam o status do agressor”, destaca o parlamentar.

A proposta é inspirada no PL 1500/2022, já aprovado na Câmara dos Deputados, que trata da comunicação prévia a mulheres vítimas de violência. A versão estadual, no entanto, foca especificamente no público infantojuvenil, considerado ainda mais vulnerável e dependente da ação do Estado.

O projeto agora será analisado pelas comissões permanentes da Casa antes de seguir para votação em plenário.

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