Aliados
Deputados de Alagoas reagem a medidas do STF contra Bolsonaro
Alfredo Gaspar e Cabo Bebeto criticam uso de tornozeleira e restrições aplicadas ao ex-presidente


A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou forte reação entre aliados políticos em Alagoas. Parlamentares como o deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça e o deputado estadual Cabo Bebeto criticaram duramente as medidas, classificando-as como perseguição e abuso de autoridade.
Em publicação nas redes sociais, o deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) foi direto ao acusar o Supremo de “vingança” contra o ex-presidente.
“O STF escancarou de vez o abuso de autoridade e a vingança contra Bolsonaro. O mesmo tribunal que livrou os corruptos flagrados roubando bilhões da nação restringe a liberdade do maior líder político do País”, escreveu.
Gaspar classificou a decisão como uma afronta à oposição e afirmou que “não se intimidará” com o que considera uma escalada autoritária do Judiciário.
“VIGILÂNCIA’
O deputado estadual Cabo Bebeto (PL-AL), aliado próximo de Bolsonaro em Alagoas, também se manifestou com indignação. Ele apontou que as medidas impostas representam um risco para a democracia e o direito de oposição.
“Bolsonaro de tornozeleira: o absurdo se consolida! [...] A democracia virou vigilância, a oposição virou crime, e a perseguição virou política de Estado. Até onde vai esse autoritarismo travestido de justiça?”, questionou.
O vereador por Maceió e líder do PL na Câmara Municipal, Leonardo Dias (PL), escreveu que Bolsonaro tem sido perseguido desde quando estava na Presidência da República, com diversos inquéritos instaurados sem que nunca fossem apresentadas provas contra o ex-presidente. “Infelizmente, a gente não se surpreende com mais nada. Vimos essa perseguição durante todos esses anos, com Bolsonaro respondendo a vários inquéritos sem que nunca se conseguisse provar nada”, afirmou.
Dias ainda criticou o STF e a forma como a Corte tem extrapolado suas competências. “Hoje, temos um Supremo que não respeita mais os outros poderes”.