Sesau contesta dados sobre mortalidade
Os dados sobre a mortalidade infantil divulgados no início desta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando Alagoas com o pior desempenho no País, são baseados em informações referentes ao ano de 2005 e não em dados disp
Por | Edição do dia 05/12/2008 - Matéria atualizada em 05/12/2008 às 00h00
Os dados sobre a mortalidade infantil divulgados no início desta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando Alagoas com o pior desempenho no País, são baseados em informações referentes ao ano de 2005 e não em dados disponíveis mais recentemente, argumentam técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Não queremos dizer que nossos dados são melhores ou piores que os deles [IBGE] ou que um está certo e o outro errado. Dizemos apenas que eles trabalham sobre projeções. Esses dados são um norte para nós, mas usam critérios diferentes dos nossos para apuração, diz a diretora de Análise da Situação de Saúde da Sesau, Lourani Oliveira. ### Falta de documentos dificulta controle De acordo com o setor da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) responsável pela coleta dos dados, o subregistro e a subnotificação de mortes são maiores entre idosos. Isso ocorre por razões financeiras: a família teme que, comunicando o óbito, vai perder a aposentadoria que é paga ao idoso, explica Lourani Oliveira. A subnotificação ocorre quando não se produz a declaração de óbito, documento de responsabilidade da unidade de saúde. No caso dos recém-nascidos, a declaração de nascidos vivos (DN) é expedida pela maternidade, em três vias. Uma delas é repassada à Sesau, para o controle estatístico; outra, para a família obter no cartório a certidão de nascimento. /// Condições de vida da população refletem nos indicadores. Foto: Robson Lima