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Operação

PF faz buscas e apreensões contra Silas Malafaia, que está proibido de deixar o País

Pastor é acusado de atrapalhar processo em que Bolsonaro é réu por “tentativa de golpe de Estado”

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Malafaia classificou de retaliação a medida tomada por Moraes
Malafaia classificou de retaliação a medida tomada por Moraes | Foto: Reprodução

A Polícia Federal cumpriu, no início da noite de ontem, mandado de busca pessoal e de apreensão de passaporte e celulares contra o pastor Silas Malafaia, mais influente líder evangélico do País, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura o crime de coação no curso do processo. Essa coação, segundo a PF, foi cometida contra autoridades que conduzem o processo de “tentativa de golpe de Estado”, no qual Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo são réus.

Além da apreensão de aparelhos, Malafaia foi alvo de medidas cautelares diversas da prisão, entre elas: proibição de deixar o País; proibição de manter contato com outros investigados.

O pastor foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo proveniente de Lisboa. Ele foi conduzido para as dependências do aeroporto, onde presta depoimento à PF.

As medidas foram pedidas ao STF pela Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou favoravelmente às medidas, em parecer do último dia 15.

Para o procurador-geral, Paulo Gonet, a PF obteve diálogos e publicações nos quais Malafaia “ aparece como orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro”.

Para os investigadores, o objetivo do pastor seria “coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso”.

Ao deixar a delegacia da PF, Malafaia chamou de “retaliação” a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ele Malafaia garantiu ainda que que vai reforçar os ataques que vem fazendo ao magistrado.

“Estamos diante de um criminoso chamado Alexandre de Moraes, que eu vejo denunciando há quatro anos em mais de 50 vídeos. Onde você é proibido de conversar com alguém? Que democracia é essa? Aprender meu passaporte? Eu não sou bandido. Apreendeu meu telefone, eu dei a senha. Isso é uma vergonha. Não vou me calar, vai ter que me prender pra me calar”, afirmou.

Questionado sobre orientações que teria passado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Malafaia negou e disse que os diálogos com os políticos eram “conversas de amigos”.

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